SOLENIDADE

Projeto que conecta instituições de pesquisa e de educação superior por fibra ótica passa a operar a partir da UnB em 2018

 

André Drummond (UnB/GigaCandanga), Nelson Simões (RNP), Maria Emília Walter (DPI) e Leonardo Lazarte (UnB/GigaCandanga) integraram a mesa da solenidade pelos dez anos da Rede. Foto: Renan Apuk/Secom UnB

 

Um tesouro em fluxo de informações e conhecimento transitando a todo o tempo sob os pés dos brasilienses, por mais de 530 km de fibra ótica. Essa é a Rede GigaCandanga, que conecta dezenas de instituições de ensino e pesquisa no Distrito Federal. Vinculada à Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) desde seus primórdios, a iniciativa é capitaneada por docentes da UnB. Nesta quarta-feira (13), entidades participantes reuniram-se no auditório da Fiocruz, no campus Darcy Ribeiro, para comemorar os dez anos de fundação do programa.

“Este momento me faz lembrar o dia 18 de dezembro de 2007, quando, no auditório da Faculdade de Tecnologia (FT) da UnB, demos início ao projeto”, disse Leonardo Lazarte, professor do Departamento de Matemática (MAT) e presidente do comitê gestor da Rede GigaCandanga.

O diretor-geral da RNP, Nelson Simões, parabenizou a UnB e as quase 40 instituições parceiras que trabalharam pela consolidação do projeto através da década. “A Rede é um patrimônio da sociedade, dentro da visão de que um bem público é algo que não se esgota e pode sempre ser compartilhado”, destacou.

INÍCIO  A Rede surgiu da ideia do Ministério da Ciência e Tecnologia em viabilizar, a partir da RNP, redes metropolitanas de alta velocidade para instituições de pesquisa e educação superior. A iniciativa gerada nacionalmente ganhou o nome de RedeComep. A teia que abrange o DF é a GigaCandanga, sendo que o Giga é referência à unidade medidora de velocidade da conexão: 1,10 ou 40 Gigabits – dependendo da demanda e da destinação.

Docente da UnB e presidente do comitê gestor da GigaCandanga, Leonardo Lazarte lembrou o começo da iniciativa, em 2007. Foto: Renan Apuk/Secom UnB

 

“Inicialmente, por questões de recursos, só tínhamos condições de fazer a rede em meio Plano Piloto. Ou na Asa Norte ou na Asa Sul”, relembra Lazarte.

“Afortunadamente, naquela época o Ministério do Planejamento estava prevendo também uma estrutura de fibra ótica para conectar instituições da administração pública federal. Dividimos as competências e assim se deu nossa primeira grande parceria”, relata.

Depois vieram combinações com o GDF e com a CEB, visando, principalmente, a manutenção das estruturas. “O foco da GigaCandanga sempre foi atender instituições de pesquisa e de ensino superior, mas fizemos parcerias que viabilizassem a persistência com qualidade da nossa rede”, explica o professor.

O formato em cadeia, com número crescente de instituições parceiras, permite que grandes bandas de internet sejam disponibilizadas, para fins de pesquisa, ensino e administração pública, a custos baixos.

FUTURO Buscando trazer a GigaCandanga para mais perto da UnB, a partir de 2018, as equipes técnicas e de gestão, que hoje ocupam o prédio da RNP, na Asa Sul, passam a atuar no Centro Interdisciplinar de Estudos em Transportes (Ceftru), no campus Darcy Ribeiro.

O próximo ano marca também novo capítulo na história da Rede, que busca sua própria institucionalização. O estatuto da Associação GigaCandanga está em fase de avaliação e deve ser lançado no início do próximo semestre.

O gestor técnico e professor do departamento de Ciência da Computação (CIC) da UnB, André Drummond, reforça que o sistema está em busca de novos desafios. “Hoje, mais de 90% das nossas instituições participantes utilizam menos de 10% da capacidade máxima de acesso da nossa banda. Nossa infraestrutura ainda tem muito recurso à disposição, utilizá-la para acessar a internet é algo muito primário”, diz.

Professor André Drummond, gestor técnico da GigaCandanga falou sobre a imensa capacidade ainda disponível no sistema. Foto: Renan Apuk/Secom UnB

 

“Estamos procurando estimular o uso da rede de forma que as instituições troquem informações entre si com aplicações de alta capacidade, utilizando os serviços de backup remoto e processamento na nuvem, por exemplo, sem dificuldade de latência em acesso”, acrescenta.

A decana de Pesquisa e Inovação (DPI) da UnB, Maria Emília Walter, representou a administração superior no evento. Ela deixou claro quais as pretensões da UnB a partir da aproximação física com a RedeGigacandanga. “Queremos contar com essa parceria para abrir novos caminhos de pesquisa aplicada. Nossa produção básica é forte, mas esperamos desenvolver projetos junto à rede para tornar a UnB conhecida no desenvolvimento de inovações no DF e no Brasil.”

Nesta quinta-feira (14), o DPI reuniu-se com representantes da Rede para definir detalhes sobre a atuação da GigaCandanga a partir do Ceftru.

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