EXTENSÃO

Cerca de 2.500 participantes apresentam trabalhos nos três dias de evento. Abertura reuniu representantes de diversas instituições de ensino superior

 

Lotado, auditório 3 da FS recebeu solenidade de abertura do 24º Congresso de Iniciação Científica da UnB. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

Sentados em poltronas, cadeiras e até degraus, jovens estudantes e cientistas participaram com atenção da abertura do 24º Congresso de Iniciação Científica da UnB – o 15º do Distrito Federal. Observando representantes de cinco instituições de ensino superior e técnico e de duas agências de fomento locais, todos ouviam atentamente sobre a importância de encontros como o desta segunda-feira (24), realizado no auditório 3 da Faculdade de Ciências da Saúde (FS).

 

Reitores, diretores e coordenadores do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), da Universidade Católica de Brasília (UCB), do Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), do Instituto Federal de Brasília (IFB), da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP-DF) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) falaram aos presentes.

 

Os representantes da anfitriã Universidade de Brasília foram a decana de Pós-Graduação, Helena Shimizu, e o vice-reitor Enrique Huelva. No exercício da reitoria durante esta semana, Huelva conduziu os participantes a uma reflexão sobre o momento de restrições pelo qual passa a pesquisa no Brasil. 

Representantes de instituições de ensino superior e técnico e de agências de fomento do DF receberam estudantes. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

"O que presenciamos é desorientação e desconhecimento sobre o papel da pesquisa para o desenvolvimento de um país. Nunca existiu nem nunca existirá uma sociedade que avance em anseios sociais e de equilíbrio sem a distribuição equitativa de conhecimento entre os seus”, disse.

 

Corroborando a necessidade de que haja mais recursos para bolsas de pesquisa, a decana Helena Shimizu parabenizou os estudantes e seus orientadores, que persistem no fazer científico apesar de tudo. “A iniciação científica desperta talentos e é a etapa mais importante da vida acadêmica de um pesquisador. Quem sabe fazer boas perguntas será muito feliz nesse caminho”, pontuou.

 

O IFB e o Iesb participam pela primeira vez do congresso em 2018, assim como o Instituto Federal de Goiás (IFG), esse último apenas com trabalhos inscritos. A articulação para incremento no número de participantes foi ação do diretor de fomento à iniciação científica da UnB, Sérgio Granemann, e sua equipe. “Nossa Universidade tem protagonismo nessa área. Por isso, devemos aproveitar a oportunidade de nos colocarmos como promotores de algo tão importante. Me dá gosto ver essa cerimônia lotada mesmo sem obrigação de participar e em um dia de tanto calor”, ressaltou.

 

As apresentações do Congresso de Iniciação Científica fazem parte das atividades da Semana Universitária da UnB, que começou nesta segunda-feira (24). A mostra estará reunida no Centro Comunitário Athos Bulcão, entre os dias 25 e 27 de setembro. A área de Ciências Humanas será contemplada na terça-feira (25), de Ciências da Vida na quarta-feira (26) e de Ciências Exatas na quinta (27).

 

PALESTRA O professor de física e pró-reitor de Pesquisa e Inovação da Universidade Federal de Goiás (UFG), Jesiel Freitas de Carvalho, fez uma apresentação sobre a importância da iniciação científica, além de exibir dados da experiência da UFG na área.

 

Segundo ele, o Brasil é o 13º país mais produtivo em termos de publicações. Mas, no tocante a patentes registradas, está longe de uma posição de destaque. “Isso acontece porque o Brasil ainda não realizou de fato a inclusão efetiva da ciência em sua sociedade e economia”, analisou. De acordo com o pró-reitor, a produção científica nacional é recente e ainda não se reflete em desenvolvimento de tecnologia, o que impacta na proposição de soluções para a sociedade por meio da pesquisa. 

Palestra de Jesiel Freitas de Carvalho mostrou o quanto a pesquisa no Brasil ainda precisa ser priorizada. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

Carvalho defende que a pesquisa qualifica a graduação e proporciona ao estudante o ambiente ideal para alcançar suas potencialidades. Na UFG, programas de empreendedorismo, processos que simplifiquem o acesso à iniciação científica, prêmios e olimpíadas que priorizem a formação do aluno estão entre as estratégias para aumentar o número de graduandos envolvidos com a pesquisa, seja ela voluntária ou não.

 

INICIAÇÃO CIENTÍFICA  Com o objetivo de despertar vocação e incentivar novos talentos entre estudantes de graduação, os programas de iniciação científica propõem a introdução de alunos em ambientes de pesquisa, por meio da participação em projetos temáticos. Uma finalidade é preparar o estudante para o ingresso na pós-graduação.

 

Além de contribuir para reduzir o tempo médio de titulação de mestres e doutores, os programas de iniciação científica conduzem estudantes a outro aspecto de sua formação superior, que é a busca de soluções por meio de perguntas relevantes. Durante esse período, o aluno tem suporte técnico e metodológico para perseguir a carreira científica.

 

>> Saiba mais sobre a iniciação científica

ATENÇÃO – As informações, as fotos e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: nome do repórter/Secom UnB ou Secom UnB. Crédito para fotos: nome do fotógrafo/Secom UnB.