TECNOLOGIA

Evento, nesta terça (30), apresenta à comunidade novo modelo de licenciamento de sistema de informação geográfica, disponível para uso de toda a instituição

  

Acesso à plataforma IDE permitirá troca e otimização de informações espaciais. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

Cerca de 70% da comunidade da Universidade de Brasília trabalha diretamente com informação geográfica no desenvolvimento de suas atividades acadêmicas. A aplicação é comum em diversas áreas do conhecimento, como as geociências, engenharias, arquitetura e urbanismo, biologia e química, e está associada ao uso de recursos computacionais, como os sistemas de informação geográfica, que permitem a coleta, a manipulação e o armazenamento dos conteúdos.

 

Para expandir o uso dessas ferramentas na instituição e otimizar as estratégias de obtenção e compartilhamento dessas informações nas áreas de ensino, pesquisa, extensão e gestão, a UnB realiza na próxima terça-feira (30) um workshop de lançamento de dois projetos institucionais. A atividade acontece às 14h, no auditório do Instituto de Química (IQ).

 

>> Veja a programação do evento

 

Um dos lançamentos envolve um novo modelo de licenciamento do sistema de informação geográfica Arcgis, que já é amplamente utilizado na Universidade. A recente aquisição possibilitará o acesso ilimitado e gratuito ao software durante três anos. A UnB é a terceira instituição de ensino superior a conseguir esse tipo de licença, denominada Site License.

 

Até então, a autorização para uso do software era requisitada por cada unidade acadêmica interessada, que se responsabilizava pelos custos. No entanto, os contratos firmados não permitiam o uso para fins administrativos, nem abrangiam a manutenção do sistema, o que impossibilitava sua atualização.

 

Edilson Bias, professor do Instituto de Geociências (IG) à frente do grupo de trabalho para implantação do modelo de licenciamento, explica as vantagens. “Esse é um passo muito importante em termos de democratização do uso de software na área de sistema de informação geográfica, porque regulariza a plataforma dentro da Universidade, como também permite que toda instituição receba suas atualizações.” A iniciativa tem apoio do Centro de Informática (CPD). 

"Estamos na vanguarda de aquisição do software, em termos de institucionalização", avalia o professor Edilson Bias. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

O docente destaca como outro importante benefício a economia gerada para a Universidade. “Uma licença do software, se não for comprada pela instituição, custa em torno de 150 mil reais. Esses três anos em que a UnB poderá usar custará o preço de uma licença”, afirma, lembrando que no período as autorizações são ilimitadas.

 

Além de apresentar a novidade aos estudantes, docentes e técnicos administrativos que operam com o sistema, o workshop também será um momento para que possam se familiarizar com a ferramenta e se informar sobre os procedimentos necessários para solicitar o software nas respectivas unidades acadêmicas, realizar a instalação e efetuar pedidos dos serviços de suporte técnico e de treinamento para uso. As orientações serão repassadas pela equipe da empresa Imagem, representante no Brasil da desenvolvedora do software, mas também podem ser conferidas no link www.gis.unb.br/como-usar.

 

Na ocasião, a Universidade também lançará um novo ambiente virtual para acessar, armazenar, compartilhar, interoperacionalizar e disseminar informações geoespaciais. Trata-se da Infraestrutura de Dados Espaciais (IDE) da UnB. A implantação da tecnologia permitirá a disponibilização de dados produzidos pela instituição via plataforma em âmbito nacional. A medida inclui-se às perspectivas de abrangência da Infraestrutura Nacional de Dados Espaciais (INDE), criada em 2008, a partir de decreto presidencial, com o objetivo de promover o adequado ordenamento e a integração de dados da área produzidos e mantidos por instituições governamentais em todo o país.

 

Atualmente, a UnB é a única universidade do país a integrar a rede da INDE. O professor Edilson Bias acredita que a adesão é também um passo para institucionalizar a produção de informações científicas e favorecer sua circulação dentro e fora da instituição. Entre as implicações, estão ainda a redução de custos com a aquisição desses dados e a otimização de resultados, já que os usuários poderão não só acessar, como também melhorar a qualidade dos dados disponíveis.

 

“A partir dessa institucionalização, todos os produtores de dados poderão armazená-los em um local, o que permitirá que toda a Universidade utilize, compartilhe e trabalhe com esses dados já produzidos”, detalha. Durante o workshop, os participantes receberão instruções sobre como cadastrar-se na plataforma, acessada pelo site www.gis.unb.br. Bias ressalta a importância da participação da comunidade no evento, para que as informações sobre os projetos sejam disseminadas entre todos os interessados.

ATENÇÃO – As informações, as fotos e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seus conteúdos. Crédito para textos: nome do repórter/Secom UnB ou Secom UnB. Crédito para fotos: nome do fotógrafo/Secom UnB.