Professor emérito da Universidade de Brasília, Othon Henry Leonardos foi escolhido para receber o título de Pesquisador Emérito do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A honraria é concedida anualmente a pesquisadores com relevante contribuição à pesquisa no país.

Othon Leonardos iniciou sua trajetória na UnB em 1974, como chefe do Departamento de Geociências. O docente é PhD pela Universidade de Manchester (1972), mestre pela Universidade da Califórnia (1966), geólogo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e membro titular da Academia Brasileira de Ciências. Em 2013, Othon Leonardos recebeu o título de Professor Emérito da UnB.

RECONHECIMENTO – Autor de mais de duas centenas de publicações e orientador de dezenas de teses, dissertações e monografias, o geólogo é também referência nas linhas de indigenismo e sustentabilidade. Na área, atuou como coordenador do mestrado profissional em Desenvolvimento Sustentável junto a Povos e Terras Indígenas, oferecido pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável da UnB (CDS). Hoje professor aposentado da Universidade, ele continua atuando como colaborador em projetos de pesquisa, bancas e seminários.

Sempre disposto a conversar sobre ciência, Othon Leonardos resiste quando o assunto é seu legado. Sobre o reconhecimento concedido pelo CNPq, o pesquisador conta apenas que, ao abrir o envelope, não acreditou que era para ele. Achou tratar-se de um engano. “É uma grande surpresa, não tenho palavras para dizer sobre isso. Eu não esperava por mais nada e então recebo esse prêmio”, afirma o emérito.

A reitora da UnB, Márcia Abrahão, colega de profissão do pesquisador, recebeu com alegria a notícia da premiação. "Othon é um professor brilhante, à frente de seu tempo, que contribuiu muito para a formação de centenas de alunos, inclusive com a minha", disse.

PRÊMIO – O título de pesquisador emérito é concedido pelo CNPq a pesquisadores brasileiros ou estrangeiros radicados no Brasil há pelo menos 10 anos que tiveram importantes contribuições para o fomento à pesquisa no país. Além de Othon Leonardos, outros sete pesquisadores serão agraciados na edição de 2017.

O prêmio leva em consideração o renome do pesquisador junto à comunidade científica e sua produção científico-tecnológica, composta por artigos, livros, capítulos de livros, orientações em cursos de pós-graduação, participação em academias nacionais e internacionais, patentes registradas, prêmios e láureas recebidos.

A cerimônia pública de entrega do título está prevista para maio, no auditório da Escola Naval do Rio de Janeiro. Na ocasião, também será homenageado o biólogo e pesquisador egresso da UnB Samuel Goldenberg, vencedor da edição 2017 do Prêmio Almirante Álvaro Alberto para a Ciência e Tecnologia.