PLANEJAMENTO

Nos dias 10 e 11 de outubro, decanato se reúne com coordenadores para debater resultados obtidos junto à Capes e desenvolvimento futuro das áreas

 

Universidade quer expandir padrão de excelência na pós-graduação. Foto: Isabela Lyrio/Secom UnB

 

A Universidade de Brasília é hoje a terceira principal instituição pública federal de ensino superior em oferta de cursos de pós-graduação no Brasil. Com 93 programas, fica atrás apenas da Universidade de São Paulo (USP), que possui 173, e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com 116. Essa condição aumenta a responsabilidade em formar novos mestres e doutores com capacidade para responder demandas locais, regionais, nacionais e internacionais. Pensando nisso, o Decanato de Pós-Graduação (DPG) promove o Seminário para Avaliação dos Programas de Pós-Graduação, que ocorre nos dias 10 e 11 de outubro, no CDT.

 

O encontro reunirá coordenadores dos programas de pós-graduação (PPGs) para debater os resultados da Avaliação Quadrienal da Capes 2017, divulgada em 20 de setembro, e planejar as ações para a análise referente ao próximo quadriênio (2017-2020). As notas da Capes foram recebidas com satisfação pela UnB, que, neste ano, dobrou o número de programas com nota máxima. Agora são quatro PPGs nota 7. Ademais, foi mantida a quantidade de dez programas com nota 6. Para os de nota 5, o aumento foi considerável: em 2013 eles eram 10, agora são 17.

 

No seminário da próxima semana, o DPG também apresentará diretrizes para o quadriênio 2018-2021, elaboradas no escopo do Planejamento Institucional da UnB. “Vamos olhar como estamos, nossas potencialidades e fragilidades”, afirma a decana Helena Shimizu. “Considerando as dificuldades pelas quais passa o país, temos grandes desafios para a pesquisa. Ainda assim, precisamos de ambição para crescer”, acredita.

Decana de Pós-Graduação da UnB, Helena Shimizu planeja ações para os próximos anos. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

A UnB está em décimo lugar entre as universidades com cursos com as maiores avaliações: 5, 6 e 7. “Temos de buscar estar entre as três melhores também no quesito de programas com melhores notas”, ressalta Shimizu.

 

NOTA 2 – De acordo com a decana, os cursos que receberam nota 2 (que sugere descredenciamento do curso) estão trabalhando para melhorar o desempenho ou desenvolvendo o pedido de reconsideração, que pode ser enviado até dia 20 de outubro. “Muitos procuraram o DPG para elaborar estratégias de argumentação. Algumas notas ainda podem ser revistas nesta fase”, diz.

 

Independentemente da apreciação final dos recursos, previsto para 20 de dezembro, os cursos com indicação de descredenciamento continuam com seus trabalhos junto aos alunos até que eles concluam os estudos.

 

Além do pedido de reconsideração da avaliação, os programas que receberam nota 2 também podem submeter uma Apresentação de Propostas de Cursos Novos (APCN) para a Capes. De acordo com a decana, esse é o caso do Mestrado Profissional em Sustentabilidade junto a Povos e Terras Tradicionais (MESPT), que vai apresentar APCN adequada às mudanças pelas quais passou nos últimos anos.

 

DEBATE A divulgação dos resultados da Capes suscitou várias reflexões acerca do método de avaliação, especialmente em relação ao caráter quantitativo da avaliação, que, de acordo com a decana, tem gerado grande competitividade e tensão no meio acadêmico.

 

“Nem sempre essa abordagem está em consonância com a boa formação dos mestres e doutores. Não devemos pensar só em quantidade, mas em qualidade também. Temos de focar na formação do aluno, que precisa desenvolver um padrão de pesquisa mais denso, mais qualificado. Acho que a Capes vai redirecionar a avaliação neste caminho”, observa.

 

“Não é fazer mais do mesmo, mas fazer com mais qualidade. E isso gera mais um desafio para nós, no sentido de produzir pesquisas mais profundas e com mais qualidade”, aponta.

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