Um ano que marcou a história da Universidade de Brasília durante o regime militar, em função do movimento político e protestos contra a ditadura e a repressão política. Mais uma vez, 1968 é relembrado na instituição. Com a temática Leituras e releituras de 1968, a primeira edição da Semana Nacional de História da UnB acontecerá entre os dias 18 e 20 de setembro.
Organizado pelo Departamento de História (HIS) e pelo Programa de Pós-Graduação em História Social (PPGHIS) da UnB, o evento será realizado em paralelo ao VIII Encontro Regional da Associação Nacional de História do Distrito Federal (ANPUH/DF), cujo tema em 2018 é Por uma escola democrática: gênero, raça e classe.
A ideia da parceria surgiu durante o encontro nacional da Associação, realizado no ano passado em Brasília. “Por sediar a capital, o Distrito Federal é um lugar privilegiado para as discussões historiográficas do país”, afirma o professor Mateus Torres, do HIS, um dos coordenadores do evento.
O público-alvo é composto por estudantes de graduação e pós-graduação, docentes, historiadores, professores da educação básica e demais interessados na área. A expectativa da organização é que mais de 500 pessoas participem das atividades nos três dias do encontro.
Professores renomados de outras regiões foram convidados para ampliar o debate. O encontro propõe um diálogo sobre a articulação entre memória, história e direitos humanos, a partir das temáticas de escola democrática, gênero, raça, movimentos sociais e regime militar.
“É importante explicitar a trajetória da UnB para as gerações mais novas, mostrando aos estudantes que eles estão em um lugar de democracia e resistência”, defende Torres. A expectativa é que as discussões do evento despertem novos olhares e possibilidades de pesquisa e projetos de extensão, demarcando memórias e marcos históricos.
A programação do evento é diversificada, com conferências, mesas-redondas, minicursos e simpósios temáticos. A conferência de abertura será realizada pelos pesquisadores Rodrigo Patto Sá Motta, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e Denise Rollemberg, da Universidade Federal Fluminense (UFF).
Para participar dos minicursos é necessário se inscrever previamente por meio de formulário próprio. São oferecidas quatro áreas: Resistência político-cultural no Brasil de 1968; História e retórica; Metodologias e práticas para o ensino de História do Brasil; Comunicação social e divulgação de história.
APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS – Até o dia 25 de agosto, está aberto o prazo para inscrição nos Simpósios Temáticos (STs), espaços para discutir pesquisas concluídas ou em estágio avançado sobre um tema. Estudantes de graduação, pós-graduação e pesquisadores podem participar.
Para apresentar um trabalho, deve-se preencher o formulário de inscrição e enviar o resumo do estudo para o e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.. É necessária a identificação completa do autor no título do e-mail, informando o ST de preferência.
Cada inscrito poderá apresentar apenas uma pesquisa, sendo possível escolher três STs. Para publicar o trabalho nos anais eletrônicos, deve-se enviar o texto completo até o dia 30 de outubro. Cada Simpósio Temático tem dois coordenadores: docente ou pós-graduando. De acordo com o professor Mateus Torres, as áreas foram definidas a partir do que está sendo pesquisado atualmente no campo da História. As orientações estão disponíveis na página do evento.
Confira os dez STs:
• Dimensões políticas no Brasil republicano.
• Natureza, território e direitos humanos no Centro-Oeste e na Amazônia.
• História moderna e colonial: teoria e método.
• História oral, relações de gênero e sexualidades: abordagens contemporâneas.
• Culturas políticas nos anos da ditadura.
• Escola democrática, escola cidadã: os desafios da igualdade/diferença.
• Caminhos e descaminhos da liberdade e cidadania negra no Brasil independente.
• Divulgação de história e história pública: projetos, modelos e teoria.
• História social: análises, métodos e teoria.
• O passado recente como objeto e problema historiográfico.