Aniversário

Data será comemorada com exposições fotográficas, vídeo e evento nesta quarta-feira para alunos, professores, pacientes e colaboradores


Em agosto, o Hospital Universitário de Brasília (HUB) comemora 44 anos de existência, marcados por desafios e conquistas. Para celebrar essa história, a instituição realiza, na próxima quarta-feira (24), uma cerimônia no auditório 1, às 9h. O evento é uma oportunidade para lembrar fatos importantes e promover integração entre colaboradores, alunos, professores e pacientes.
 
Durante a semana, o hospital também exibe exposições fotográficas que retratam diferentes momentos institucionais e homenageiam as equipes que fizeram e ainda fazem parte da história do HUB. Um vídeo com depoimentos de pessoas que contribuíram com todos esses anos será lançado na solenidade de comemoração.
 
TRANSIÇÕES E LUTAS – Assim podem ser descritos os 44 anos do HUB, inaugurado em 1972 como uma unidade do Instituto de Pensões e Aposentadoria dos Serviços do Estado (Ipase). Naquela época, o objetivo era atender os servidores federais, considerados a elite da população em Brasília.
 
“Como tinha bastante recurso, o hospital foi muito bem montado. Com um ano de funcionamento, já tinha feito cinco transplantes renais”, relembra o reumatologista e médico voluntário do HUB, Francisco Aires Corrêa, pioneiro no hospital. De lá para cá, a instituição recebeu diferentes nomes, como Hospital do Distrito Federal Presidente Médici (HDFPM), dos Servidores da União (HSU) e Docente Assistencial (HDA).
 
Em 1990, com a cessão definitiva do hospital à Universidade de Brasília (UnB), ganhou o nome de HUB. Em meio às transições, a instituição passou a atender qualquer pessoa pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e se tornou hospital escola. Na mesma medida em que conquistava avanços, os problemas apareciam, como a dificuldade de financiamento e os conflitos internos gerados pelas mudanças e pelos diferentes vínculos trabalhistas.
 
“Foi cedida a estrutura física para a UnB, mas não o orçamento nem o quadro de funcionários, o que gerou a necessidade de fazer a contratação com contratos precarizados, que duraram quase 20 anos”, conta o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB), Paulo César de Jesus, que entrou na universidade em 1981 como aluno de medicina.
 
O superintendente do HUB, Hervaldo Sampaio Carvalho, resume os anos de transição. “O HUB sempre teve uma história de luta no sentido de concretizar o SUS dentro do hospital, de atender todo mundo e de servir a dois grandes objetivos, o de ensinar e o de assistir de maneira atrelada”.
 
NOVA FASE – Os anos deficitários são aos poucos superados. O contrato firmado com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), em janeiro de 2013, trouxe nova perspectiva ao HUB. “São grandes avanços e investimentos em infraestrutura, gestão e regularização dos recursos humanos, mas também há o luto pela exoneração dos 700 colaboradores considerados precarizados”, relata o superintendente.
 
O aluno de medicina Ronny Onibene, que já soma quatro anos de vivência na UnB e no HUB, reconhece as transformações do hospital. “Ter conhecido o HUB antes e vê-lo agora propiciou que eu visse áreas completamente diferentes, como a Maternidade, que passou por uma reforma gigantesca, o que trouxe uma estrutura muito melhor para o HUB”, afirma.
 
DESAFIOS – Depois de longa trajetória de conflitos e conquistas, o HUB ainda enfrenta o desafio do financiamento adequado e da completa integração à rede assistencial pública do Distrito Federal, mas carrega boas expectativas de futuro. “O HUB tem muito potencial para ser referência regional e nacional, com uma grande universidade por trás, corpo clínico muito diferenciado e uma grande vontade de fazer a diferença”, finaliza o superintendente.