Inaugurado oficialmente na última sexta-feira (6), o Núcleo de Nutrição da Universidade de Brasília passou por obras durante 395 dias e foi entregue no último mês de agosto. Atualmente com 969,62m², o local praticamente dobrou de tamanho e ganhou novas salas de professores, de reuniões, de procedimentos, além de um biotério e da ampliação e reforma de laboratórios.
O espaço agora se chama Núcleo de Nutrição Professor José Garrofe Dórea. O docente homenageado foi membro titular da Faculdade de Ciências da Saúde (FS) entre 1975 e 2014, quando se aposentou, e foi condecorado no último mês de julho com o título de Professor Emérito da Universidade de Brasília.
“Uma homenagem como essa enaltece qualquer um, principalmente quando tudo acontece naturalmente”, afirma Dórea. “Isso partiu da espontaneidade e do reconhecimento das pessoas por algo de que fui apenas uma parte. Nós só podemos fazer o trabalho científico porque há outras pessoas que dão suporte, isso nos traz uma alegria maior ainda”, compartilha o emérito, ao lembrar que a demanda por reforma e ampliação era antiga.
Apesar de aposentado da UnB, José Garrote Dórea ainda está comprometido com os colegas do Núcleo. “Nós constituímos um grupo de trabalho, que está sob a responsabilidade do nosso emérito, para realizar um mapeamento de todos os projetos de pesquisa aqui produzidos. Pela versão preliminar, acredito que deste núcleo sairão grandes projetos nacionais e internacionais”, aponta a diretora da FS, Maria Fátima de Sousa.
A obra, executada com R$ 2.088.778,20, ainda não está completamente concluída. Falta a placa com o novo nome do núcleo, aparelhos de ar condicionado, entre outros itens. “Estamos usufruindo do prédio, mas ainda estamos em reforma, há detalhes a serem feitos. Seu planejamento começou em 2008, então este é um dia muito feliz para nós”, afirma a professora Titular da FS, Teresa Macedo da Costa. “A Nutrição já tem uma produção científica importante e agora vai se fortalecer”.
A vice-reitora, Sônia Báo, reforça o pedido para que se zele por esse patrimônio, que é público. “Cuidado com a ‘casa nova’ de vocês, que é muito importante para professores, servidores, alunos. A responsabilidade de cuidar é de todos.”
Para o reitor Ivan Camargo, focar nos projetos de infraestrutura é um passo fundamental para a Universidade. “Precisamos reservar uma parte maior do orçamento para isso, algo entre R$ 60 milhões e R$ 70 milhões – hoje usados para cobrir os contratos de terceirizados.
Temos que ter austeridade orçamentária para que sobre mais dinheiro e esse processo de revitalização de toda a universidade seja permanente”, avalia. “As inaugurações são contínuas, envolvem várias administrações. E temos que manter isso”.