EXTENSÃO

No aniversário de 500 anos da morte de Leonardo da Vinci, palestra voltada ao público jovem apresenta o lado matemático do ícone renascentista

 

Alunos do Sesi Gama, Caseb e CEM 02 de Ceilândia foram convidados para a palestra. Foto: Heloíse Corrêa/Secom UnB

 

Estudantes de ensino fundamental e médio de escolas públicas do Distrito Federal puderam presenciar, na tarde desta segunda-feira (15), palestra sobre o multifacetado artista e inventor italiano Leonardo da Vinci. Mais de 100 jovens de três instituições participaram do evento, realizado no auditório da Faculdade de Tecnologia e organizado pela Universidade de Brasília em parceria com a Embaixada da Itália no Brasil.

 

“Leonardo, antes de tudo, era um cientista”, introduziu o professor Simon Chiossi, da Universidade Federal Fluminense, convidado para compartilhar seus conhecimentos sobre o Homem do Renascimento. “Seu pensamento investigativo contribuiu para muito mais do que só às artes”, lembrou.

 

Bem-humorado, o palestrante interagiu com a plateia e começou sua fala apontando coincidências entre números nas datas de nascimento e morte do cientista italiano. Esta última completa 500 anos no dia 2 de maio de 2019.

Carla Dourado e Iara Oliveira vieram pela primeira vez à UnB graças à palestra. “É um novo mundo”", dizem. Foto: Heloíse Corrêa/Secom UnB

 

“Eu nem sabia que ele também tinha sido cientista”, revelaram as colegas Carla Dourado e Iara Oliveira. Alunas do segundo ano do Centro de Ensino Médio 02 de Ceilândia, elas vieram pela primeira vez à UnB graças à iniciativa extensionista do Departamento de Matemática (MAT) do Instituto de Ciências Exatas (IE).

 

Alunas do Centro de Ensino Fundamental Caseb, as jovens Rúbia Luísa e Bruna Heloísa também foram surpreendidas pelas novas informações sobre Da Vinci. “Tinha muita coisa que não sabíamos. O professor mostrou a simetria matemática de um repolho! Quero chegar em casa e cortar um”, concordaram. 

 

A coordenadora de Extensão do IE, Regina Pina, explicou a principal motivação por trás de atividades como essa: “Queremos chegar aos estudantes o mais cedo possível, antes que pensem que a matemática é algo inalcançável”. Regina detalhou que o evento faz parte de tentativas do instituto de trazer o interesse de jovens, em especial mulheres, para o fazer científico.

 

“Ser matemático é ser investigativo, curioso”, acrescentou Regina. Já Cristina Acciarri, coordenadora do evento, espera que a parceria com a embaixada traga outros eventos para a UnB.

 

A expectativa é compartilhada pela professora Cristina Teixeira, do Caseb. No colégio, ela coordena projeto intitulado A matemática é para todos. Diante da alta demanda de seus estudantes por comparecer ao evento, ela teve de escolher alguns. “Aguardamos que outras oportunidades assim aconteçam, porque desperta os alunos para a possibilidade desse tipo de vivência”, opinou.

Professora Cristina Teixeira teve que escolher quais alunos trazer porque o interesse foi grande. Foto: Heloíse Corrêa/Secom UnB

 

Cristina avalia que esse tipo de interação entre Universidade e sociedade é essencial. “Para a gente é bacana, e para os alunos muito mais. Eles fizeram tanta questão de estar aqui que toparam vir mesmo tendo que chegar bem mais tarde em casa hoje.”

 

Apesar do foco no público externo, alunos de graduação da UnB também compareceram ao evento e ganharam certificados de extensão. 

 

A próxima palestra organizada pelo MAT será uma celebração para mulheres na Matemática, que irá abordar trajetórias dentro do próprio departamento. Inserida no projeto Celebrating Women in Mathematics, a ação acontece no dia 13 de maio, com inscrição gratuita. Mais informações pelos e-mails Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

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