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Cores vibrantes, alegria, música e dança. Elementos que poderiam descrever manifestações culturais tanto de países africanos como do Brasil. Até o dia 25 de maio, a Universidade de Brasília, por meio da Assessoria de Assuntos Internacionais (INT) e a Associação de Estudantes Africanos da UnB, promove a edição 2019 da Semana da África.
Sob a temática África além do imaginário eurocêntrico, oficinas, palestras, feira de artesanato, atrações culturais e cardápio especial no Restaurante Universitário estão disponíveis à comunidade. As atividades foram pensadas em parceria com o Centro de Convivência Negra (CCN/Coquen/DIV) e o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab/Ceam).
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A abertura oficial da semana aconteceu nesta segunda-feira (20), no auditório da Reitoria e contou com a presença de organizadores e alunos do Programa de Estudantes Convênio de Graduação (PEC-G) na plateia. Em seguida, houve apresentação de dança do grupo Afrozuka no Restaurante Universitário do campus Darcy Ribeiro. Até os funcionários do local entraram no clima e receberam o público vestidos com roupas inspiradas em indumentárias do continente.
"A iniciativa foi dos alunos, que nos procuraram e propuseram a maioria das atividades, além de organizá-las conosco. Aproveitem bem a interação da comunidade com a cultura africana", convidou Rogério Almeida, coordenador do PEC- G. Ele lembrou que a oportunidade oferta experiências culturais a partir da visão de quem é natural do continente.
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"Essa semana é muito importante para nós, sejamos africanos ou brasileiros", afirmou Ulrich Koffi, presidente da Associação de Estudantes Africanos na UnB. "A data de 25 de maio é realmente significativa, mas um dia é pouco para um continente que sofreu tanto, por isso pensamos em uma semana. Ainda é pouco, mas tem tudo a ver com a organização de algo que seja nosso", acrescentou.
Pouco difundido no Brasil, o dia 25 de maio é comemorado como Dia da África em referência à fundação da Organização de Unidade Africana (OUA). Nesta data, em 1963, líderes de 30 dos 32 estados africanos independentes assinaram na Etiópia uma carta firmando a coesão do continente.
Após a cerimônia de abertura, o público que compareceu ao auditório da Reitoria pôde conferir a palestra da professora Élbia de Almeida sobre o projeto Abraço Negro, que trabalha história e identidade negras nas escolas ao longo do ano letivo, valorizando a diversidade cultural. "Promovemos uma educação anti-racista no dia a dia, que é apresentada em 20 de novembro [Consciência Negra]", explicou.
"Essa é minha segunda Semana da África e penso que essa deve ser a temática de todas semanas do ano", opinou Gédeon Chabi, beninense e estudante do terceiro semestre de Relações Internacionais. Aluno do PEC-G, ele ficou até o fim da abertura e concordou com a visão trazida pela professora Élbia. "O conhecimento sobre a África sempre foi construído de maneira eurocêntrica e precisa ser visto além disso", disse o aluno.
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PROGRAMAÇÃO – O público pode conferir, até 25 de maio, oficinas de dança, turbante e trança, além das cores vibrantes do continente em uma feira de artesanato africano na entrada sul do ICC.
Na sexta-feira (24), das 11h30 às 14h, apresentações de danças típicas, desfiles de roupas africanas e números musicais prometem agitar o local.
A programação cultural e esportiva encerra-se com um torneio de futsal no Ginásio do Centro Olímpico, sábado (25), das 12h às 18h. Palestras seguem até quinta-feira (23) no campus Darcy Ribeiro e na Faculdade do Gama (FGA). O destaque é para o lançamento do livro Tecendo redes anti-racistas: África, Brasis e Portugal do sociólogo Miguel Marcos José de Marcos, da Guiné-Bissau. As palestras oferecem certificados para quem se inscrever pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. e são abertas a todos.