EXTENSÃO

Saiba como foi a participação da UnB na AgroBrasília 2019

 

Crianças de escolas do Distrito Federal visitaram estande da UnB na AgroBrasília 2019. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

A Universidade de Brasília esteve presente na edição 2019 da Agrobrasília – Feira Internacional dos Cerrados. Lá, apresentou conhecimentos, tecnologias e alternativas para a produção agropecuária, gerados a partir da pesquisa e da extensão acadêmica. Mais de 120 mil visitantes passaram pela feira entre 14 e 18 de maio, de pequenos e grandes produtores a consumidores e estudantes.

Entre os dez projetos que representaram a UnB no evento, havia duas empresas juniores. A Cráton, da Geologia, oferece serviços como locação de poços, diagnóstico de potencial da propriedade rural e auxílio no cadastro ambiental rural (CAR). O CAR é obrigatório para proprietários de imóveis rurais e pode facilitar a concessão de crédito rural.

“É comum furarem poços sem critério, sem saber como é o solo. Trazer a orientação do geólogo compensa na relação custo-benefício”, explica Verônica Brito, estudante de Geologia. O profissional identifica o local ideal para perfuração, auxilia no projeto e avalia os custos. Sem a orientação profissional, os proprietários rurais lidam com baixa vazão, contaminação da água e gastos desnecessários.

Com o apoio da empresa, também é possível conhecer o potencial da propriedade para exploração econômica, presença de reserva mineral e qualificação e quantificação dos recursos naturais.

A empresa júnior Resultagro, de Gestão do Agronegócio da Faculdade de Planaltina (FUP), apresentou orientações sobre gestão de pessoas no empreendedorismo rural. Kelly Soraya, aluna do curso, também falou sobre técnicas de desidratação de frutos do Cerrado, com direito a degustação de araticum, pequi, cagaita e cajuzinho-do-cerrado.

Grupo da Universidade orientou criadores sobre ovinocultura. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

A professora Rita Campbell, de Medicina Veterinária, apresentou, junto com alguns alunos, os serviços prestados pelo Hospital Veterinário para Animais de Grande Porte (HVetão) da UnB. A equipe realiza atendimentos aos produtores agropecuários de bovinos, equinos, caprinos, ovinos e suínos do DF e Entorno.

Em parcerias com Emater, Embrapa e Secretaria de Agricultura do DF, o HVetão também atende animais apreendidos e de trabalhadores sem condições financeiras.

MENOS RISCOS Para ajudar produtores a mensurar riscos de produção, o projeto Contabilidade e gestão de risco na agropecuária demonstrou uma ferramenta autoral que fornece histórico de preços, análise de custos, margem de lucro e relação entre risco e retorno de diversos produtos agropecuários.

O projeto pretende diagnosticar fatores de risco que são mensurados e relacionados com a lucratividade e criação de valor do negócio rural. Os fatores incluem assuntos financeiros, como risco de mercado, que afeta custo de produção e preço de venda, e também temas operacionais.

“Muitos produtores precisam de auxílio com os riscos”, diz Lucas Teles, mestrando em contabilidade e servidor da UnB. “Queremos melhorar ainda mais essa ferramenta.”

MAIS QUALIDADE – Preocupada com o bem-estar dos animais na criação de suínos para consumo, a professora Luci Murata, da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAV) concebeu uma alternativa. Voltada para pequenos e médios produtores, a criação ao ar livre possibilita melhorar a qualidade dos produtos, do trabalho dos funcionários e reduzir o uso de medicamentos.

“Os produtores gostam muito. O melhor do nosso sistema é o espaço, precisa de rotação, mas permite que os animais expressem seus comportamentos naturais”, conta Luci.

O Projeto Biogama (FUP) apresentou receitas de vela e sabão para limpeza pesada feitas a base de óleo reutilizado. “Cada litro de óleo despejado no esgoto tem capacidade para poluir até 25 mil litros de água. O objetivo é conscientizar a população sobre a importância do descarte sustentável ou da reutilização”, explica a estudante de Licenciatura em Ciências Naturais Brenda da Silva.

Reitora Márcia Abrahão visitou e aprovou a exposição da UnB no evento. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

O Programa de Educação Tutorial em Agronomia (PET-Agro) e o Centro Vocacional Tecnológico em Agroecologia e Agricultura Orgânica (CVT-AAO) distribuíram mudas de plantas alimentícias não-convencionais (PANCS), como manjericão-roxo, coentrão, ora-pro-nóbis e peixinho.

Por não despertar o interesse de empresas de sementes e agroquímicos, essas plantas não estão organizadas na cadeia produtiva. “Mesmo assim, têm grande importância alimentícia, alto poder nutricional e medicinal, além de auxiliar na geração de renda para agricultores familiares”, afirma Jane Ribeiro, estudante de Agronomia.

UNIVERSIDADE PRESENTE O estande da UnB recebeu a visita da reitora da Universidade, Márcia Abrahão, que falou sobre a importância da exposição do conhecimento produzido pelo ensino, pesquisa e extensão.

“É fundamental para mostrar o papel da Universidade e sua importância para a sociedade. As pesquisas feitas pela UnB são fundamentais para a economia brasileira, incluindo o agronegócio. Trazemos aqui a possibilidade de melhora na qualidade dos produtos que chegam a todos os brasileiros”, disse.

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