O XVI Festival Universitário de Música Candanga da Universidade de Brasília chega ao fim e revela novos destaques da música brasiliense. Letra, harmonia, melodia, arranjo, interpretação e interação com o público foram os quesitos avaliados pelo júri técnico. A grande final aconteceu na última sexta-feira (17), no Centro Comunitário Athos Bulcão.
Na categoria Instrumental, Gabriel Strauss foi o vencedor com a música Dança dos Índios. O grupo Talo de Mamona, com Marcha das Vadias, ficou em primeiro lugar na categoria Candanga.
Conheça os ganhadores do FINCA 2014:
CATEGORIA INSTRUMENTAL
1º lugar: Gabriel Strauss – Dança dos Índios – CA Odontologia
CATEGORIA CANDANGA
1º lugar: Talo de Mamona – Marcha das Vadias – CA Design
2º lugar: Cantigas Boleráveis – O Bolo lá de Casa – CA Artes Cênicas
3º lugar: Lusco Fusca – Fumaça – CA Medicina Veterinária
JÚRI POPULAR
1º lugar: Comboio Percussivo – Íntimo e Público – CA Pedagogia
MENÇÃO HONROSA
Melhor Instrumentista: Ely Janoville (Duo Alvenaria)
Melhor Intérprete: Luis Fernando de Araújo Torres (LFDAT)
A banda Talo de Mamona foi formada em 2012 para participar do FINCA. Naquele ano e em 2013, o grupo não passou da etapa classificatória do festival. A vitória este ano foi uma surpresa para a banda. “A premiação comprova o amadurecimento e serve como vitrine para nosso trabalho. Estamos formando público e é fundamental ter a oportunidade de ser vistos”, afirma o baixista e compositor Hudson Bomfim. Tendo a trajetória do próprio grupo como exemplo, o baterista Tiago Araújo aconselha outros músicos: “Amem a música e acreditem nas potencialidades da sua banda. O FINCA é agregador e abre portas. Isso é o que nos dá ânimo e vontade para conquistar mais coisas.”
Esta também é a primeira vitória do violonista Gabriel Strauss em um festival. Concluindo o bacharelado em música neste semestre, Strauss reconhece o impacto do FINCA na carreira: “Comecei a receber convites para apresentações em rádios e em outros eventos da UnB, além de propostas de produtores culturais. Quero aplicar o dinheiro da premiação a favor do meu trabalho, gravar mais e investir na música instrumental”, diz.
Para o rapper Luiz Fernando de Araújo Torres, honrado com o título de melhor intérprete do FINCA 2014, o festival trouxe aprendizados. “A vida de músico tem oscilações e é preciso estar preparado para mostrar o trabalho em qualquer ambiente e para qualquer público. No festival, os jurados estão sempre atentos para perceber os erros dos concorrentes e maximizá-los. Eu e Neemias, rapper parceiro, avaliamos nossas apresentações para corrigir as falhas e extrair sempre nosso melhor”, conta.
Lelo Nirvana, produtor cultural e jurado da final do festival, destaca que as efervescências cultural e musical da UnB ainda se restringem à própria universidade. “O FINCA precisa ser mais divulgado e buscar parcerias externas para alcançar mais pessoas.” Já Rodrigo Barata, também jurado, ressalta a necessidade de a organização do festival aprimorar a qualidade técnica do som nos shows da competição. “O festival serve de estímulo para os grupos e muitos acabam seguindo carreira. FINCA é um nome que acompanhará os artistas e problemas técnicos de áudio não podem prejudicá-los”, afirma Barata.
Também participaram do júri técnico do FINCA: Beatriz Castro (MUS-UnB), Nilo Bairros (jornalista/produtor cultural) e Marta Carvalho (musicista/produtora cultural).
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