Estimular a entrada feminina no mercado de trabalho nas áreas tecnológicas e desenvolver competências técnicas existentes nelas é a ideia do Meninas na Computação.
Inserido no Instituto de Ciências Exatas da Universidade de Brasília, o projeto é composto pelas docentes Aleteia Patrícia, Maria Emília Machado e Maristela Holanda, do Departamento de Ciências da Computação (CIC).
O objetivo é que as meninas tenham a possibilidade de conhecer a computação através de experimentações lúdicas. E, ainda no ensino médio, usar a matemática e física para desenvolver o raciocínio lógico, atraindo meninas para as áreas universitárias onde o público ingressante é majoritariamente formado por homens.
Com apoio do CNPq, a parceria acontece todas as sextas no colégio Paulo Freire. Carlos Alberto, professor de matemática, entrega kits de montagem de automoção e orienta as alunas participantes.
Atualmente, o projeto está integrado somente a uma escola pública de ensino médio, mas pode ser estendido para outras instituições. Por meio da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em outubro deste ano, vários professores conheceram a iniciativa e se interessaram pela ideia.
“É uma realidade, a mulher ainda é minoria nos cursos de engenharia e computação”, explica Aleteia Patrícia. Um exemplo disso é Ingrid Lopes, do 2º semestre de Ciência da Computação da UnB. Ela é a única mulher em uma turma de 40 alunos.
Recentemente, algumas empresas, como a HP Brasil, criaram comitê para fomentar a participação de mulheres entre os executivos e reter talentos. “É uma onda mundial das empresas. A indústria necessita disso, de ideias divergentes”, ressalta Aleteia Patrícia, atual coordenadora do projeto.
A iniciativa faz parte da 14ª Semana Universitária da UnB. Na segunda-feira (5), aconteceu mesa-redonda sobre o funcionamento do ‘ Computação também é coisa de menina’ e na sexta-feira (7) à tarde, será dado um mini-curso com o tema ‘Arduíno também é coisa de menina’.