EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Com retorno à sociedade, iniciativa é oportunidade para aplicação prática do conhecimento científico 

Um Acordo de Cooperação Técnica (ACT), que garante a continuidade do Projeto Produtor de Água do Pipiripau, foi assinado em novembro entre as instituições parceiras. Foto: Reprodução/Projeto Produto de Água do Pipiripau - DF 

 

Entre as 14 organizações apoiadoras do Projeto Produtor de Água do Pipiripau, a UnB é a única instituição de ensino. Criada há 12 anos, a iniciativa opera na bacia do ribeirão Pipiripau, região localizada entre o Distrito Federal e o estado de Goiás.

 

O objetivo do projeto é aumentar a geração de água e, assim, criar possibilidades para que produtores das propriedades envolvidas cultivem alimentos aliados à conservação ambiental.

 

É o que explica o docente do Departamento de Engenharia Florestal (DEF/FT) Ricardo de Oliveira Gaspar, um dos representantes da UnB no projeto: “Promovemos a conscientização e regularização ambiental e, consequentemente, aumentamos a conservação e disponibilidade de água para os produtores expandirem sua produção. Ao passo que produzem mais, surge possibilidade de aumento da renda e de diminuição nos preços dos alimentos”.

 

Gaspar também ressalta que o trabalho executado no projeto pelos docentes e discentes da UnB é uma maneira de a Universidade retribuir para a sociedade os investimentos feitos em pesquisa e em educação. “É uma possibilidade de retorno sem intermediários e a chance de podermos atuar com o conhecimento prático”, diz.

 

Para o docente, a colaboração no projeto é uma oportunidade para os estudantes trabalharem ativamente a partir do conteúdo aprendido em sala de aula e experienciarem o contato com profissionais de diversas áreas. Na bacia do Pipiripau, os discentes vão a campo, visitam as propriedades e trocam informações.

 

Os discentes da graduação participam do projeto por meio de estágios concedidos pelas instituições parceiras. E os estudantes de pós-graduação podem realizar coletas para projetos de pesquisa, que abordam temáticas sobre o monitoramento da água, conservação dos solos e recuperação ambiental.

O docente Ricardo de Oliveira Gaspar coordena dois grupos dentro do projeto, o de reflorestamento e o de pagamento por serviços ambientais. O primeiro é uma parceria com outras instituições, que produz mudas, analisa a qualidade dos plantios e faz os projetos de recuperação das propriedades. O segundo visita as propriedades, para liberação e pagamentos pelos trabalhos. Foto: Reprodução/Projeto Produto de Água do Pipiripau - DF 

 

FUTURO PROFISSIONAL – A egressa do curso de Engenharia Ambiental na UnB Giovanna Pereira, 24, estagiou durante a graduação na Superintendência de Planejamento e Programas Especiais, da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa).

 

A instituição é uma das parceiras do projeto, o que permitiu a atuação da estudante na bacia hidrográfica. De acordo com Giovanna, a atividade proporcionou uma visão mais abrangente dos desafios e cenários ambientais. Além do contato direto com produtores rurais e práticas de conservação do solo e da água.

 

“Pude desenvolver habilidades técnicas em tarefas relacionadas ao geoprocessamento, hidráulica, hidrologia e aspectos econômicos voltados à engenharia ambiental”, aponta.

 

Giovanna destaca que, ao longo do estágio, o contato com profissionais de diversas áreas enriqueceu sua caminhada acadêmica e foi um diferencial para a entrada no mercado de trabalho. Após a formatura, foi efetivada como prestadora de serviços na Adasa e continua colaborando no projeto.

 

*estagiária de Jornalismo na Secom/UnB.

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