Como parte das ações previstas para a campanha institucional de 2023, Futuro é agora, a UnB promoveu uma oficina de lambe-lambe, uma expressão artística muito comum aos olhos de quem passa por centros urbanos, derivada dos primórdios da publicidade e dos cartazes colados em paredes e muros. Organizada pela Secretaria de Comunicação (Secom UnB) em parceria com o Coletivo Transverso, a atividade aconteceu nos dias 4 e 6 de dezembro, no campus Darcy Ribeiro, Asa Norte. O objetivo foi pensar o amanhã, não só da Universidade, mas também do local em que habitamos.
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A oficina foi dividida em duas etapas. No primeiro dia, foram realizados exercícios criativos com os participantes sobre temas como cidade e futuro, para ajudar na construção das frases usadas nos lambes. A organização usou técnicas para estimular a criatividade e ajudar a produção, como o uso de jogos teatrais e escrita automática. Poesia também foi uma aliada na criação dos cartazes.
A atividade foi conduzida pelas oficineiras Patricia Del Rey e Rebeca Damian, integrantes do Coletivo Transverso. Criado em janeiro de 2011, em Brasília, o agrupamento artístico cria arte urbana em diversos formatos com o intuito de despertar um olhar poético ao cotidiano dos passantes.
“Surgimos aqui na UnB quando ainda éramos estudantes. Queríamos dar vazão ao desejo dos participantes de ter o seu discurso na rua e de um discurso que transforme essa rua. Além de aplicar as frases elaboradas nesta oficina, queremos despertar outras perguntas, poemas e possibilidades de futuro”, conta Patricia.
O propósito da ação é espalhar arte urbana, com seu potencial de incentivar pensamentos críticos aos passantes. Os cartazes foram espalhados pelo campus da Asa Norte. Podem ser vistos no Restaurante Universitário (RU), na parada de ônibus da Reitoria, no Instituto de Artes (IDA) e ao longo do Instituto Central de Ciências (ICC).
Raissa Ibiapina, aluna de Ciências Sociais e participante da oficina, contou como foi ver suas ideias transformadas em arte. “É uma sensação muito boa ver o que a gente fez e sentir-se parte de uma ação como esta. Espero que os observadores possam se sentir acolhidos e gostar do que está ali”, disse.