BOAS-VINDAS

Durante o evento, estudantes voluntários organizaram tours pelo campus

 

Foto: Beatriz Ferraz/Secom UnB

 

Nos dias 14 e 15 de julho, durante o Registro Acadêmico dos aprovados em primeira chamada, a UnB realizou sua segunda mostra de oportunidades aos novos estudantes. A iniciativa é uma mobilização de 12 setores da Universidade, coordenados pelo Decanato de Ensino de Graduação (DEG), e de centenas de colaboradores, que buscam acolher os calouros de maneira mais humana.

 

Os tutores que fazem tours pelo campus e auxiliam os novos estudantes são selecionados semestralmente dentre alunos da UnB, cerca de um mês antes do Registro por meio de edital publicado na página do DEG. “Os voluntários têm se mostrado muito engajados, com várias ideias”, observa a psicóloga do SOU Marina Machado.

 

“Nosso papel foi pensar como desenvolver o projeto e preparar os tutores para a acolhida. A recepção a calouros foi por muito tempo um processo marcado pela burocracia e por exigências hostis por parte de veteranos. Estamos mudando essa cultura, fazendo do momento um espaço de construção colaborativa e formando multiplicadores”, explica Marina.

 

O decano de Ensino de Graduação, Mauro Rabelo, considera que a mudança na política de acolhimento dos calouros é fundamental para trabalhar o pertencimento à instituição. "A recepção conjunta com os alunos que já têm alguma vivência na UnB permite realizar esclarecimentos sobre as sutilezas da Universidade por meio de experiência que os próprios estudantes já tiveram", comenta.

 

A formanda de Serviço Social Jozieli Barros foi tutora nas duas edições da acolhida e conta que se identifica com o novo conceito de recepção. Por isso, vai tentar participar mesmo depois de graduada. “Eu apresentei o trabalho de conclusão de curso em um dia e no outro já estava trabalhando no evento. Me motiva ver que os estudantes estão interessados nesse conhecimento que acumulei como aluna da UnB”, diz.

 

AVALIAÇÃO – Nessa terça-feira (19), a equipe de voluntários participou de confraternização organizada pelo SOU e pela Diretoria de Esporte Arte e Cultura (DEA) para agradecer os estudantes pelo apoio e dedicação. “Eles são todos muito dedicados”, diz a pedagoga do SOU Dalva Goulart. “Se movem muito para fazer tudo acontecer”, complementa a psicóloga escolar Mallu Nunes. Os veteranos fazem parte do processo de formação da proposta e, nessa segunda edição, alguns deles já haviam participado da ação anterior. O momento agora foi de reflexão sobre a importância dessa recepção e de criação de novas estratégias para que a iniciativa se mantenha e cresça.

 

Durante o encontro, houve a avaliação do processo de formação dos tutores e da acolhida dos calouros. “O processo é bem democrático. Eles nos acolhem bem, sem hierarquização de aluno e servidor. Não temos medo de dar sugestões”, conta a voluntária Suellen Souza, aluna de Engenharia Civil.

 

Muitos dos voluntários consideram que apesar de a motivação inicial ter sido os créditos que ganham, a experiência obtida foi extremamente positiva e os ajudou a desenvolver habilidades de comunicação. “Trabalha o crescimento pessoal e me faz quebrar estereótipos”, afirma a aluna de Engenharia de Produção Juliana Kossoski.  

“Falei com gente de áreas que achava que não eram legais. Mas não quero ficar restrito, sempre tive essa vontade de ir além da minha faculdade”, revela o estudante de Engenharia Mecatrônica Matheus Amaral.

 

Matheus conta que um calouro pediu ajuda para encontrar o prédio do Instituto de Ciências Políticas e ele não sabia onde ficava. “Fiz questão de descobrir e ajudá-lo.” A surpresa veio mais tarde: quando chegou em casa, descobriu que o recém-chegado era o novo morador de sua república. “Começamos bem”, brinca o veterano.

 

Confira aqui as fotos do registro.