
As perspectivas para o setor energético brasileiro para os próximos 15 anos foram discutidas no evento Desafios Energéticos, que buscou apresentar visão multidisciplinar e interdisciplinar sobre o tema. Com participação de representantes do governo, sociedade civil, empresas, professores da UnB, alunos e convidados, o encontro ocorreu no dia 4 novembro, no auditório Roberto Salmeron, da Faculdade de Tecnologia.
A cerimônia foi organizada pela Associação de Ex-Alunos (ALUMNI UnB) em parceria com a Faculdade de Tecnologia, Faculdade do Gama, Instituto de Relações Internacionais e do Instituto Brasil de Tecnologia (IBrTec).
“A ideia do debate é enxergar os vários pontos de vista sobre o mesmo problema e achar uma solução que atenda a todos”, explica o professor da FT e coordenador geral do evento, Rafael Shayani.

Nas mesas-redondas, palestrantes de diversas áreas puderam discutir questões técnicas, econômicas, ambientais, tecnológicas e sociais acerca do tema e ainda mostrar seu ponto de vista sobre os principais desafios e soluções para o setor energético do Brasil para as próximas décadas. O debate com participação do público buscou analisar e encontrar consenso entre as ideias apresentadas.
O reitor Ivan Camargo ressaltou a importância da discussão e destacou dois aspectos do evento: primeiro, ser promovido pela ALUMNI, organização composta por ex-alunos da instituição, e segundo, a diversidade e interdisciplinaridade do debate, com a participação de personalidades de diferentes áreas.
“Os problemas energéticos do país possuem desafios e soluções multidisciplinares. É papel da universidade chamar a comunidade para discutir e propor soluções, para dar o passo seguinte, implementar”, relatou Camargo.

Segundo o Balanço Energético Nacional 2014, realizado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Brasil é líder mundial em energia renovável, com 46,4% de sua matriz energética oriunda de fontes renováveis. A média mundial de utilização de fontes renováveis é de apenas 13,5%, segundo a International Energy Agency (IEA).
CENÁRIO ATUAL - Estudos da EPE apontam ainda que, entre 2003 e 2013, a participação de petróleo, gás natural e carvão no total da matriz energética brasileira aumentou consideravelmente, e a emissão de CO² do setor energético subiu de 10,74% para 28,84%. Na geração de energia via fontes alternativas, como solar e eólica, o Brasil fica muito atrás de países como EUA e China. “Temos que aproveitar as vantagens competitivas do Brasil para a energia renovável”, alerta o reitor Ivan Camargo.