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Cerimônia final do 24º Congresso de Iniciação Científica da UnB e 15º do Distrito Federal premia primeiros colocados e atribui mais de 400 menções honrosas

 

Cerimônia de premiação do 24º Congresso de Iniciação Científica da UnB e 15º do Distrito Federal lotou auditório da ADUnB, que possui 520 lugares. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

Pais, orientadores e jovens cientistas reuniram-se na tarde da última sexta-feira (26) para reconhecer o trabalho, a dedicação e a excelência dos autores de mais de 2.500 trabalhos apresentados no 24º Congresso de Iniciação Científica da UnB e 15º do Distrito Federal, em setembro. A cerimônia final do congresso aconteceu no auditório da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (ADUnB), no campus Darcy Ribeiro, e contou com mais de 600 pessoas. Um público animado, que vibrou por cada um dos contemplados.

 

“É muito importante que vocês continuem a buscar excelência, porque isso é o que define um pesquisador de ponta no futuro. Acreditamos que a ciência pode dar respostas à desigualdade”, disse a decana de Pós-Graduação, Helena Shimizu. “E é essa mesma ciência que vocês fazem aqui, desde cedo, que ajudará a termos dias melhores. Nesse momento, necessitamos de muito investimento em educação e liberdade para pesquisa”, complementou a reitora Márcia Abrahão.

 

Coordenado pela UnB, o congresso é organizado em parceria com Universidade Católica de Brasília (UCB), Instituto Federal de Brasília (IFB), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Centro de Ensino Unificado de Brasília (UniCEUB), Centro Universitário do Distrito Federal (UDF) e Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb).

 

“É desafiador organizar algo dessa magnitude, ao mesmo tempo em que é gratificante ver o público das outras instituições se sentir em casa. Vamos buscar institucionalizar as relações e agregar mais parceiros, porque precisamos fortalecer cada vez mais a iniciação científica”, avaliou o diretor de fomento à iniciação científica da UnB, Sérgio Granemann.

 

NUNCA É CEDO – Os certificados de premiação em cada área e nível de iniciação científica foram entregues por autoridades de cada instituição parceira, juntamente com um kit universitário oferecido pelo IFB. Cada uma das três áreas (Artes e Humanidades, Saúde e Vida, Exatas e Tecnológicas) teve um trabalho de ensino médio e um de graduação reconhecidos. 

Rebeca e Gabriel, ambos ligados ao UniCEUB, ganharam prêmios em suas áreas. Foto: Beto Monteiro/Secom UnB

 

Gabriel Jacinto e Rebeca Hannah foram dois dos premiados da tarde. Ele, estudante do segundo ano do ensino médio, premiado na área de Artes e Humanidades. Ela, estudante da graduação, premiada na área de Exatas e Tecnologia. Ambos ligados ao UniCEUB. 

 

“Tenho a visão de que, se quero algo, – e no meu caso isso seria ser cientista – é melhor começar o quanto antes”, contou Gabriel. “Acho bacana que ele tenha começado cedo. Nessa época eu só pensava em vestibular e faculdade”, comparou Rebeca.

 

Os dois vencedores são de áreas diferentes, mas avaliam que suas experiências se somam. “Tem muita gente que faz graduação empurrando com a barriga. A iniciação científica nos permite mais envolvimento com a área da ciência, muda seu interesse pelo curso. Hoje, por exemplo, faço mestrado em engenharia biomédica pelo que descobri na experiência de pesquisa”, disse Rebeca.

 

“Me espelho nela. Quando estiver na universidade, desejo continuar nesse ramo de pesquisa científica. É algo que pretendo continuar fazendo para o futuro”, acrescentou o estudante, que ainda está em dúvida quanto ao curso que pretende fazer.

 

Conheça os campeões da iniciação científica no 24º Congresso da UnB, o 15º do DF:

Cada uma das três áreas (Artes e Humanidades, Saúde e Vida, Exatas e Tecnológicas) teve um trabalho de ensino médio e um de graduação reconhecidos. Arte: Igor Outeiral/Secom UnB

 

QUALIDADE EM ALTA – “O crescente número de menções honrosas demonstra que estamos galgando degraus em qualidade global dos trabalhos”, analisou Sérgio Granemman. Foram mais de 400 nesta edição. Uma das reconhecidas, Geovana Belizze, da Antropologia da UnB, foi com o pai, Mano Tutão, nome pelo qual é conhecido.

 

“Agora ela está no mestrado e pensei ‘mais um ano sem trabalhar’”, contou o pai, rindo, para depois completar: “Mas sempre a estimulei, também sou cientista". Geovana dá a dica para os que ainda não pensaram em participar de um Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic): “Conta como parte da avaliação da entrevista de mestrado e é uma boa maneira de criar vínculo com o professor antes do TCC.” 

Aluna Gabriela Veiga e professor Pedro Sadi comemoraram a menção honrosa recebida no 24º Congresso de Iniciação Científica da UnB. Foto: Thaíse Torres/Secom UnB

 

Gabriela Veiga, aluna do oitavo semestre de Enfermagem na UnB, considera que a iniciativa do aluno é essencial para o projeto. Ela já tinha em mente o que desejava pesquisar quando buscou o orientador.

 

“Entrei na sala dele determinada a fazermos o projeto juntos. Ele não pôde recusar”, disse. O orientador, professor Pedro Sadi, estava ao lado da aluna na cerimônia. “Ela é muito determinada. Esse reconhecimento era o mínimo que poderia receber”, elogiou.

 

Entre os trabalhos apresentados, 848 são da área de Artes e Humanidades, 487 de Exatas e Tecnologia e 947 de Saúde e Vida. Cerca de 2 mil participantes são da Universidade de Brasília. 

 

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