
O geneticista Nagib Nassar, professor emérito da Universidade de Brasília, apresentará à comunidade científica a Fundação Nagib Nassar para Desenvolvimento Científico e Sustentável (Funagib), no dia 3 de março. O evento será no auditório do Instituto de Ciências Biológicas (IB) e contará com a presença de embaixadores de países árabes e autoridades brasileiras.
Atualmente, a Funagib tem três editais abertos, com oferta de bolsas de R$ 10 mil e R$ 15 mil. Podem concorrer alunos de mestrado e doutorado com projetos de pesquisa sobre mandioca nas linhas de melhoramento genético da cultura, aspectos botânicos do sistema reprodutivo, fitopatologia da cultura, resistência a insetos ou pragas, ou uso de técnicas moleculares às linhas mencionadas.

A instituição foi fundada com o prêmio de US$ 100 mil da Kuwait Foundation for Advancement of Science (KFAS), recebido pelo professor por sua pesquisa de melhoramento da mandioca, além de recursos próprios. A finalidade da fundação é promover pesquisas sobre a mandioca e beneficiar pequenos agricultores com os resultados.
“O objetivo principal é apoiar a pesquisa sobre mandioca, para compensar falta de estudos sobre essa cultura em países desenvolvidos e países produtores”, explica o professor.
Com o apoio do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), nos últimos cinco anos, mudas melhoradas de mandioca foram plantadas em duzentos assentamentos de pequenos produtores do Distrito Federal. “Com a criação da Funagib, esperamos levar nossas variedades a, pelo menos, cinquenta assentamentos e dez mil famílias anualmente”, diz.
Nascido no Egito, o professor Nassar veio para o Brasil em 1974 por meio de um acordo científico bilateral entre os dois países. Aqui, ele pesquisou variedades selvagens da planta até produzir híbridos ricos em proteína e mais resistentes a pragas.