O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade de Brasília aprovou, por unanimidade, a política de inovação da instituição, em reunião na última quinta-feira (31). O documento, inédito na história da Universidade, traz princípios para nortear as ações de promoção da inovação na UnB de maneira transversal. A política foi discutida em duas ocasiões pelo Cepe. Agora, ela deve ser submetida ao Conselho Universitário (Consuni).
A decana de Pesquisa e Inovação (DPI), Maria Emília Walter, fez um breve retrospecto sobre a elaboração da minuta do texto. “Foi criado um grupo de trabalho que avaliou as políticas de inovação de outras universidades”, contextualizou. A gestora lembrou que havia determinações legais para que a UnB elaborasse um documento com esse objetivo. Com ele, ficam atribuídas funções a todas as estruturas de inovação da instituição: além do DPI, o Parque Científico e Tecnológico (PCTec), o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT) e a Câmara de Projetos, Convênios, Contratos e Instrumentos Correlatos (Capro).
“A proposta contempla especificidades da nossa realidade. Por exemplo, há uma clara referência ao apoio à inovação em políticas públicas, algo sobre o qual a UnB tem muita atuação devido à nossa localização geográfica”, detalhou a decana. “Temos vários grupos trabalhando com isso, muitas vezes sem sequer usar essa nomenclatura.”
O vice-reitor Enrique Huelva, que presidiu a reunião do Cepe, celebrou a aprovação do documento. “A UnB constrói hoje um primeiro documento que ancora princípios para a inovação, algo que, na atualidade, é um dos principais elementos de contato da Universidade com a sociedade e que fomenta o desenvolvimento socioeconômico”, afirmou. A política deve ser apreciada pelo Consuni porque traz detalhes sobre a relação com fundações de apoio, assunto a ser avaliado pelo colegiado superior.
BALANÇO – A decana de Extensão (DEX), Olgamir Amancia, também apresentou aos conselheiros um balanço sobre a Semana Universitária (Semuni) de 2019, que ocorreu entre os dias 23 e 27 de setembro. Ao total, o evento teve mais de 11 mil inscritos, 879 ações de extensão e a presença de cerca de oito mil estudantes da educação básica nos campi.
“Estamos conseguindo consolidar a Semuni como um momento importante para realização de atividades acadêmicas e integração com a sociedade”, avaliou Olgamir. Em 2019, o evento foi transformado em programa de extensão, o que inaugurou um novo formato de organização, segundo o qual as unidades acadêmicas apresentaram projetos para a realização das ações. Foram 36 contemplados.
O aumento da participação da comunidade também foi sentido por docentes de diversos institutos e faculdades. “Há um incremento da presença, principalmente de estudantes, que vieram para minicursos e palestras. Nosso desafio é pensar em estratégias que alavanquem também a participação de professores”, opinou o docente Alexandre Romariz, representante da Faculdade de Tecnologia (FT).