A vice-reitora Sonia Báo e os professores Henrique Ferreira, João Ishihara e Renato Borges, do Departamento de Engenharia Elétrica da UnB, se reuniuram com pesquisadores japoneses para formalizar a parceria e intercâmbio de alunos e professores da UnB na área de construção de satélites no Japão. O memorando de entendimento entre a Fundação Universidade de Brasília (FUB) e o projeto Missão de Formação Universitária Internacional (Uniform) foi assinado pelo reitor Ivan Camargo no dia 5 deste mês.
O Uniform é um projeto que prevê a construção de uma constelação de micro-satélites com a missão de monitorar grandes queimadas. O primeiro deles já se encontra em fase final de testes e o professor Hiroaki Akiyama, do Instituto para a Educação sobre Espaço da Universidade de Wakayama e coordenador do Uniform, esteve hoje na UnB para convidar engenheiros brasileiros para participar da construção de outros dois micro-satélites.
“Queremos começar em abril ou maio de 2014 a construção de outros dois satélites da constelação. O veículo lançador que será utilizado ainda não está definido, podendo inclusive ser feito pelo Brasil”, afirmou o professor Akiyama. “É importante frisar que os assuntos relacionados com o lançamento são de responsabilidade da Agência Espacial Brasileira (AEB)”, explicou Renato Borges, professor do Departamento de Engenharia Elétrica.
Além dos satélites, o Uniform também planeja a construção de estações bases nos países participantes, para monitoramento das informações captadas pelos satélites. A ideia é que cinco ou seis engenheiros brasileiros participem da construção dos satélites e, em seguida, da implementação das estações base. “Quando esses engenheiros voltarem, o conhecimento adquirido será repassado para equipes brasileiras, fortalecendo os grupos que atuam na área”, disse Renato.
“Sem dúvida é uma parceria muito importante”, afirmou a vice-reitora, no exercício da Reitoria, Sonia Báo. Para ela, além da questão da troca de tecnologia e conhecimento, o fato do projeto ser voltado para desastres naturais valoriza o trabalho. “É uma área estratégica para nós, todos os anos temos problemas relacionados com queimadas no Brasil, é importante poder monitorar melhor isso.”