Há mais de 15 anos, a Universidade de Brasília conta com atendimentos básicos de Núcleos de Atenção à Saúde (NAS), compostos por equipes de enfermagem que oferecem serviços de medição de pressão, temperatura e glicose, curativos simples, aplicações de compressas e oximetria (medição da taxa de oxigênio no sangue).
Os atendimentos profissionais são feitos nos quatro campi, sem agendamento. As enfermeiras Renata Valero e Pollyanna Salles, da Coordenadoria de Saúde Ocupacional, explicam que os NAS são muito importantes para a comunidade acadêmica. “São locais que oferecem mais que atendimentos padrão. Muitos alunos buscam o posto para um acolhimento. A equipe tira dúvidas de saúde e abre espaço para repouso, caso o aluno esteja precisando”, afirma Renata.
A enfermeira Kenia Guimarães atende desde 1999 na Universidade – primeiramente no campus Darcy Ribeiro e, nos últimos dois anos, em Planaltina. “No início, tínhamos apenas um posto no Instituto Central de Ciências Sul e fazíamos alguns serviços para o Centro Olímpico. Com a criação dos outros campi, novos núcleos também foram criados”, relembra. Kenia conta que, na Faculdade de Planaltina, o fluxo das demandas de atendimento é constante e que, além do serviços padrão, o núcleo faz a distribuição de camisinhas e dá orientações sobre alimentação e antitabagismo. Em média, ela faz cem atendimentos por mês.
Atualmente, no NAS do Darcy Ribeiro, duas enfermeiras fazem o acolhimento. Rufina Daniela, pela manhã, e Lazara da Silva, pela tarde. Daniela conta que a maioria dos 200 atendimentos mensais são para realizar curativos e acolhimentos. “Principalmente em época de seca, muitos alunos sentem mal estar. E, em muitos casos, uma conversa também ameniza o sofrimento do paciente”. A enfermeira diz que também é frequente alunos que utilizam bicicleta e moto como meio de locomoção para o campus chegarem com escoriações e outros machucados, que ali são devidamente higienizados e protegidos.
O Núcleo de Atenção à Saúde localizado na Faculdade UnB Gama faz uma média de 30 atendimentos mensais. A enfermeira Claudete Olivo explica que o acolhimento muitas vezes é mais procurado que os serviços padrão. “Mesmo que nós não possamos dar medicamentos, nós orientamos o que deve ser feito para que o quadro não se agrave até que o atendimento médico seja possível. Além disso, nos períodos de prova, muitos alunos me procuram por causa da ansiedade”, conta Claudete.
O NAS da Faculdade de Ceilândia é o único que ainda não possui sede física. A enfermeira Henriqueta Silva conta que, pela falta de um espaço próprio, há grande dificuldade em acolher e fazer atendimentos nesse campus. Mesmo assim, são realizados de 30 a 40 atendimentos por mês. Em todos os campi, os núcleos não oferecem medicamentos. A única exceção é se o paciente estiver com receita médica. Casos que requerem medicação intravenosa não são atendidos pelos NAS.
Em situações de crise de ansiedade e outras mais graves, a orientação é chamar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) por meio de chamada gratuita para o telefone 192.