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Começa na próxima segunda-feira, 8, a primeira pesquisa de campo sobre o transporte escolar aquaviário no Brasil. Durante três meses, uma equipe de pesquisadores percorrerá, entre Belém (PA) e Tefé (AM), 5 mil quilômetros dos rios Guamá, Amazonas e Tapajós, no Pará, e Amazonas e Solimões, no Amazonas, analisando pelo menos 65 rotas percorridas por alunos que moram em áreas ribeirinhas para chegar às salas de aula. A equipe de pesquisa sairá no dia 08/03, segunda-feira, às 15 hs da Base Naval de Val-de-Cães, em Belém (PA). A pesquisa, promovida pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e desenvolvida pela Universidade de Brasília (UnB) através do Centro Interdisciplinar de Estudos em Transporte (Ceftru) da Universidade de Brasília,é parte do programa Caminho da Escola. Seu objetivo é aprofundar o conhecimento sobre o transporte escolar aquaviário a fim de que o governo federal tenha uma visão abrangente da questão. A primeira fase do trabalho foi completada em 2009, com a caracterização, pelo Centro Interdisciplinar de Estudos em Transporte da UnB, do transporte feito por ônibus escolares em todo o país.

Universo da pesquisa - Segundo o coordenador-geral dos programas de transporte escolar do FNDE, José Maria Rodrigues de Souza, serão estudadas as condições em 16 municípios. "Percorreremos quatro rotas bastante diferenciadas em cada município, para termos uma visão completa da situação", diz. "Ao unirmos os resultados desse levantamento com o do ônibus escolar rural, teremos conhecimento mais profundo para servir de base às políticas públicas a serem desenvolvidas pelo governo federal nesta área".

Para a professora do programa de pós graduação em transportes da Universidade de Brasília, Yaeko Yamashita, as pesquisas do transporte aquaviário e do ônibus escolar integram a perspectiva maior do FNDE de buscar parceria com a UnB para identificar e caracterizar os aspectos sociais, econômicos e culturais do transporte escolar rural, aproximando necessidades e propostas de soluções técnicas para a gestão do transporte, fundamentais para garantir o acesso ao ensino, a inclusão e a redução das desigualdades sociais.

Lancha escolar

O barco Natureza, que levará a equipe de pesquisadores, parte de Belém no dia 8 com a meta inicial de testar duas lanchas desenvolvidas pela Marinha do Brasil para o programa Caminho da Escola, no âmbito do convênio assinado em 2009 pelo Ministério da Educação e a Marinha. As duas embarcações são o modelo para as 180 lanchas que devem ser distribuídas, ao longo deste ano, a municípios ribeirinhos para o transporte dos estudantes. No total, a Marinha vai construir 600 embarcações.

Além de testar os barcos, a pesquisa vai apontar sua adequação e verificar se há necessidade de ajustes. Vai, ainda, identificar as rotas fluviais, o número de alunos transportados em cada embarcação, as condições técnicas desses barcos, o tempo gasto, a expectativa de pais e alunos, autoridades municipais e comunidades ribeirinhas.

Bicicletas

Levantamento preliminar realizado pelo FNDE em 2009 identificou 117.694 alunos transportados por barco na região Norte seja em frota das prefeituras e secretarias estaduais, seja em frota terceirizada. "A pesquisa nos ajudará a compreender melhor a realidade da operação do transporte escolar rural e a avaliar a adequação dos veículos que são utilizados, considerando tanto os aspectos técnico-operacionais quanto as percepções dos atores envolvidos", afirma o engenheiro civil Willer Carvalho, um dos gerentes do projeto.

Para traçar um quadro completo do transporte escolar rural no país, o FNDE vai promover, também, estudos sobre o custo/aluno do transporte escolar; a utilização de bicicleta pelos estudantes no trajeto casa-escola-casa; e o desenvolvimento de instrumentos de gestão do transporte escolar, analisando seis cidades.

Evento

Entrega de duas unidades de Lanchas Escolares do Programa Caminho da Escola para a pesquisa sobre Transporte Fluvial do FNDE/UnB -

Data: 08 de março de 2010 - Belém PA

15h00: Solenidade na Base Naval de Val de Cães

16h00:Visita ao Barco Natureza e Equipe de Pesquisadores do CEFTRU/UnB.

(Diário Online/ Ascom UNB)

 

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