RECONHECIMENTO

Professor aposentado e um dos fundadores da Face, ele se notabilizou pela atuação em administração pública durante a carreira

 

Emérito Gileno Fernandes e reitora Márcia Abrahão. Ao fundo, o diretor da Face, Eduardo Vieira. Foto: Júlio Minasi/Secom UnB

 

Homenageado nesta terça-feira (19) com o título de Professor Emérito da UnB, Gileno Fernandes Marcelino se orgulha de ter ajudado a dar uma nova cara à Universidade. Na verdade, uma nova Face. Admitido na instituição em 1989, o docente ajudou a formatar o projeto do que viria a ser a atual Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (Face) da instituição.

“Decidimos enfrentar a deterioração organizacional e propor um novo modelo de faculdade, que seria composta também pelo curso de Economia, além de Administração e Contabilidade. Com isso, proporcionaríamos uma nova identidade institucional para a Face, ao formalizar a interação de três cursos que têm muito em comum”, relembrou. A inserção de Gestão de Políticas Públicas é recente.

Familiares, amigos, colegas de profissão e ex-alunos prestigiaram Gileno na cerimônia desta terça, no auditório da Reitoria. À mesa de honra estavam presentes a reitora Márcia Abrahão, o diretor e a vice-diretora da Face, Eduardo Tadeu Vieira e Maria Eduarda Tannuri-Pianto. O professor César Tibúrcio integrou a comitiva de recepção ao homenageado.

Em seu discurso, o mais novo emérito da UnB compartilhou as dificuldades que enfrentou durante sua jornada. “Deixar minha família, aos 15 anos, para estudar em São Paulo, foi um grande desafio.” A busca pelo conhecimento sempre o motivou a ir mais longe. Na década de 1960, chegou a atuar como setorista de política no Jornal do Brasil.

Ainda aos 26 anos, já graduado em Administração Pública e em Direito, Gileno resolveu deixar o ambiente acadêmico para aplicar o que aprendera em prol do desenvolvimento de seu estado natal, o Rio Grande do Norte. Foi secretário de planejamento do estado e ajudou a aprimorar a distribuição de recursos, impactando políticas locais de educação.

O homenageado compartilhou com o público presente nuances de sua jornada profissional. Foto: Júlio Minasi/Secom UnB

 

Ao longo de sua carreira, contribuiu em ministérios, na Presidência da República e no Banco Central. No fim da década de 1970, de volta à universidade, em pouco tempo passou a atuar como professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP. Durante a cerimônia que o consagrou emérito, não escondeu o desejo que nutria por atuar na Universidade de Brasília.

“Sempre esteve clara para mim a importância da UnB, situada em Brasília, para o governo federal e, portanto, para toda a nação. Essa universidade tem um papel estratégico na capacitação da administração federal”, afirmou. Aposentado em 2011, Gileno segue vinculado à UnB como pesquisador associado.

HOMENAGENS – Colega e ex-aluno de Gileno, o diretor da Face, Eduardo Vieira, foi o mestre de cerimônias da solenidade. Lembrou-se de como a unidade acadêmica e o Conselho Universitário foram unânimes em atribuir o título de emérito ao docente, reconhecendo sua dedicação à Universidade.

“É nossa obrigação retribuir tantos ensinamentos, tanta sabedoria e tamanha simpatia. Hoje retribuímos com esse título de professor emérito. Muito obrigado, professor Gileno!”, disse Vieira, utilizando conceitos dos três níveis de gratidão, de São Tomás de Aquino.

A reitora Márcia Abrahão entregou a Gileno o diploma de emérito, e agradeceu ao professor pelo apoio prestado no planejamento da expansão da UnB à época do Reuni, quando ela era decana de Ensino de Graduação. “A Universidade ganha muito quando concede um título como este, porque mostra à sociedade o que tem de melhor”, elogiou.

Gileno Fernandes posou com familiares ao fim da cerimônia. Foto: Júlio Minasi/Secom UnB

 

O emérito se mostrou honrado com o reconhecimento e creditou o sucesso de sua carreira à família, presente na celebração.

"Acredito que dei minha contribuição e sou grato e humilde por tudo que aprendi aqui. Grato à família, à esposa Vera, aos meus pais, aos filhos e netos, inclusive aos que me tomaram como exemplo, acreditando na missão da UnB, e escolheram-na para seguir e atuar.”

Gileno contou que quase todos os filhos passaram pelo curso de Administração da Face. “Agora a neta está no Instituto de Artes, mas ainda tem volta", divertiu-se.

 

 

*estagiário de Jornalismo na Secom/UnB.

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