O professor Geraldo Orthof, do Instituto de Artes (IdA) da Universidade de Brasília, foi um dos ganhadores da 5ª edição do Prêmio CNI SESI SENAI Marcantonio Vilaça, o maior prêmio em artes plásticas do país.
O anúncio foi realizado em abril, durante cerimônia no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC-USP).
Das quase 600 inscrições para o prêmio, 30 artistas foram pré-selecionados, entre eles Orthof. De abril a dezembro deste ano, o grupo participa de uma exposição coletiva no MAC. “Ter uma exposição de longa duração como essa, em um museu desse porte, é fantástico para qualquer artista”, comemora.
No mês passado, após avaliação de jurados e de curadorias regionais, o professor, junto de outros quatro artistas, foi escolhido um dos vencedores do Prêmio, criado em 2004.
Os condecorados recebem R$ 40 mil cada e concorrem a bolsa-residência na Manchester Metropolitan University (Universidade Metropolitana de Manchester), além de participarem de cinco mostras em diferentes capitais pelo país e da exposição de encerramento do prêmio na University of Manchester no Reino Unido.
Segundo Orthof, a obra criada para a exposição do prêmio, chamada de Os Himalaia, é inspirada em uma suposta carta escrita para José Antonio Sucre, primeiro montanhista latino-americano a escalar o Everest. “É uma fábula poética sobre a utopia. A questão central pode ser indicada pela pergunta: o que motiva, de fato, alguém escalar uma montanha inacessível? A minha montanha é feita de livros antigos e raros em diferentes idiomas, sobre esse tema. Uma montanha-babel construída dentro de uma coluna de acrílico transparente e mesas de luz brancas”, explica.
Atualmente, Gerald Orthof é professor do Departamento de Artes Visuais da UnB e coordena o grupo de pesquisa Moradas do Íntimo no IdA.