Autoridades da UnB e representantes de convênios internacionais apresentaram ao público acadêmico opções de parcerias internacionais com a União Europeia. As oportunidades foram abordadas durante o primeiro encontro da iniciativa UnBCoopera+, nesta quarta-feira (30), no auditório verde da Faculdade de Economia ,Administração, Contabilidade e Gestão de Políticas Públicas (Face).
"Esperamos repetir versões mais enxutas dessa ideia ao menos uma vez ao mês", apontou o vice-reitor Enrique Huelva. A ação acontece após a Universidade de Brasília ter sido uma das instituições selecionadas no programa de fomento à internacionalização Capes PrInt. Equipes da Vice-Reitoria, dos decanatos de Pesquisa e Inovação (DPI), de Pós-Graduação (DPG), de Ensino de Graduação (DEG) e de Extensão (DEX) promoveram o encontro inaugural da UnBCoopera+.
Alejandro Zurita, representante da União Europeia, e Maria Cristina von Holstein-Rathlou, do programa Erasmus +, levaram a conhecimento do público possibilidades de financiamento e cooperação entre países da União Europeia e o Brasil. No âmbito do programa Horizonte 2020 aberto ao mundo (H2020), que busca integrar parceiros de países subdesenvolvidos, há quatro principais linhas de financiamento com o objetivo de fomentar ações, principalmente aquelas ligadas aos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) da Organização das Nações Unidas (ONU).
"O grande desafio é ligar tópicos de diferentes partes do H2020", conta Zurita. Uma das principais preocupações do programa ao disponibilizar possibilidades de fomento é reforçar parcerias internacionais, que proporcionem transversalidade e integração de objetivos com impacto no desenvolvimento e bem-estar da sociedade.
A maioria das oportunidades necessita de cofinanciamento do Brasil por meio de parceiros, como o Conselho Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal (Capes) e fundações de apoio a pesquisa. No entanto, em trabalhos que tenham o país como parceiro essencial, como pesquisas sobre a epidemia do vírus da zika, realizadas a partir de 2015, podem receber recursos exclusivamente da União Europeia, por meio do Conselho Europeu de Pesquisa (ERC).
"Estimulamos a inscrição de projetos brasileiros. Gostamos dessa parceria, porque a taxa de sucesso dos aplicantes é de quase 18%, contra pouco menos de 15% da média global", comparou Alejandro Zurita. Ao todo, 80 bilhões de euros são disponibilizados para financiamento ao longo da duração do programa, recurso dividido entre os parceiros globais.
Já pelo programa Erasmus+, derivado do Erasmus Mundus, há chances de bolsas, auxílios e financiamentos em quatro possibilidades voltadas a públicos distintos. Podem se inscrever alunos de graduação interessados em mobilidade de créditos, postulantes a cursos de mestrado de excelência, quadro de pessoal das instituições de nível superior que desejem contribuir para melhorias em suas organizações e estudantes e jovens profissionais que queiram adquirir conhecimento sobre as experiências europeias de integração em várias disciplinas.
"Vale destacar que, em alguns desses programas, é necessário que a proposição de financiamento venha da universidade europeia. Em outros, o postulante se candidata diretamente", frisou Maria Cristina. No período 2014-2020, são 15 bilhões de euros destinados a essas parcerias, que possuem ramificações pelo mundo – no caso da América Latina, especialmente no Brasil.
POSSIBILIDADES INSTITUCIONAIS – Equipes dos quatro decanatos envolvidos no projeto UnBCoopera+ apresentaram as afinidades entre os objetivos de fomento das duas organizações citadas acima e o Plano de Internacionalização da UnB.
"Identificamos grande alinhamento entre as oportunidades oferecidas para pesquisa conjunta com a comunidade europeia e as prioridades da Universidade de Brasília", observou Cláudia Amorim, diretora de Pesquisa do DPI. Três grandes pilares das possibilidades apresentadas por Alejandro Zurita, por exemplo, encaixam-se em seis temas do plano institucional, de acordo com as análises feitas por DPI e DPG.
Já as equipes de DEX e DEG enxergaram uma boa oportunidade para os estudantes na mobilidade de créditos mencionada na apresentação do Erasmus+. Nesse caso, uma das ações da UnB seria garantir que os créditos cursados por seus alunos em instituições europeias sejam reconhecidos.
O público presente pôde tirar dúvidas com os palestrantes e identificar em quais possibilidades suas ideias se encaixariam melhor. O primeiro encontro da série UnBCoopera+ foi gravado pela UnBTV. Assista abaixo à íntegra: