Em 2019, a presença da Universidade de Brasília no cenário internacional deve se ampliar. Isso é o que indica uma série de acordos encaminhados pelo vice-reitor Enrique Huelva durante viagem à China, no último mês de 2018. Convidada a participar de um congresso mundial promovido pelo Instituto Confúcio, a UnB alinhou parcerias com universidades de Coreia do Sul, Portugal, Tunísia e Rússia.
“As oportunidades de trabalho com essas instituições foram identificadas com base nas áreas e diretrizes estabelecidas no nosso Plano de Internacionalização”, afirma Huelva. Durante o encontro, foi firmado um protocolo de intenções entre os participantes, com objetivo de facilitar trocas de conhecimento e mobilidade de alunos e pesquisadores.
O vice-reitor avalia que áreas de estudo da UnB como oceanografia e tecnologia podem obter bons resultados em breve, graças a parcerias com a Universidade Nacional de Incheon, na Coreia do Sul, e a Universidade Estadual de Tecnologia em Novosibirsk, na Rússia. Acordos com as universidades de Aveiro, em Portugal, e de Cartago, na Tunísia, estão em avaliação. Essas instituições são as principais publicadoras científicas em seus respectivos países.
Com a universidade portuguesa, já está em curso um mestrado de tripla titulação, em parceria também com a Universidade de Nantes, na França. Luis Felipe Castro, vice-reitor da Universidade de Aveiro, considera que esse acordo pode se desdobrar no futuro. "Além de eventual partilha de alunos de graduação e pós-graduação, poderemos equacionar também formas de intercâmbio de docentes e pesquisadores em áreas de interesse", vislumbra.
DINÂMICA – Cerca de 5.500 delegados de unidades do Instituto Confúcio instaladas ao redor do mundo se encontraram na cidade de Chengdu, na China. Ali, foram discutidas políticas de articulação para promoção da língua e da cultura chinesas. Ao lado do vice-reitor Enrique Huelva, a diretora do Instituto Confúcio na UnB, Lijuan Wang, representou a Universidade de Brasília.
Para otimizar o aproveitamento do encontro, os milhares de representantes se reuniram posteriormente em grupos menores. Considerando esta divisão, a UnB esteve inserida em uma rede sob tutela da universidade chinesa de Dalian, que congrega onze instituições de quatro continentes. Nestes grupos, os representantes puderam expor particularidades dos trabalhos realizados em sua região.
“Exibimos o vídeo institucional da Universidade de Brasília, entregamos a versão virtual dos fôlderes de apresentação e tivemos um retorno positivo das autoridades presentes”, avalia o vice-reitor Enrique Huelva.
Ao longo de 2018, representantes da administração superior da UnB viajaram outras vezes à China. A diretora de Pesquisa do Decanato de Pesquisa e Inovação (DPI), Cláudia Amorim, visitou o país e reconhece que a experiência abriu portas para a instituição. "As universidades chinesas nos abriram muitas oportunidades de colaboração. Além disso, pudemos aprender muito com os chineses, que já têm mais de trinta anos de expertise em pesquisa e inovação", elogia.
INSTITUTO CONFÚCIO – A unidade do Instituto Confúcio situada no campus Darcy Ribeiro atende de 600 a 800 estudantes a cada semestre, em aulas de Mandarim. Em parceria com o Decanato de Extensão (DEX), o instituto oferece também uma turma do idioma no Centro Interescolar de Línguas (CIL) II, na Asa Norte.
A partir de 2019, a Universidade tem planos para levar o Instituto Confúcio a mais unidades acadêmicas, já que a China é um aliado internacional com presença crescente na instituição. "Buscaremos organizar programas de intercâmbio para estudantes e, se possível, para os professores. Trabalharemos com afinco para promover mais aulas e atividades, buscando a promoção da cultura chinesa", aponta Lijuan Wang.