COMPETIÇÃO

Para superar representantes de outras universidades, estudantes de Direito precisam argumentar e convencer os árbitros

Foto: Beatriz Ferraz/Secom UnB


Uma equipe de estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (FD/UnB) terá a oportunidade de aplicar conhecimentos acadêmicos e competir com universitários de todo o mundo. Os estudantes participam, entre os dias 17 e 24 de março, da Vis International Commercial Arbitration Moot 2016.

 

A competição jurídica internacional, que está na 23ª edição, ocorre todos os anos em Viena, na Áustria, e reúne estudantes de Direito de vários países. É a primeira vez que alunos da UnB participam do torneio.

 

Estreante em competições desse porte, o estudante João Lacerda aposta no esforço coletivo para superar os obstáculos. “Nossa equipe está unida e preparada. Esperamos representar bem nossa Universidade”, diz.

 

PREPARAÇÃO – A equipe da UnB foi formada em 2014 e está em treinamento desde o ano passado. Os alunos que viajarão a Viena fazem parte do Grupo de Estudos de Comércio e Concorrência (GECC).

 

Professor da Faculdade de Direito, Paulo Burnier da Silveira é o responsável por treinar o grupo e elaborar as estratégias para superar os adversários. A advogada Maria Augusta Rost, mestranda da FD, também participa na coordenação da equipe.

 

Para fazer parte do torneio, todos os competidores devem dominar técnicas de oratória, processos legais, legislação comercial e prática forense. Além disso, é requisito básico que os participantes tenham uma boa fluência em inglês, idioma oficial da competição.

 

Iago Ruas, aluno da FD, avalia a importância de aplicar os conteúdos teóricos que aprende na Universidade: "Na prática, teremos a chance de utilizar os conceitos que estudamos em sala de aula".

 

A DISPUTA – As equipes se enfrentarão com o objetivo de solucionar um processo jurídico internacional, relacionado ao Direito Comercial. Dispostas em um tribunal de júri simulado, a cada rodada, elas alternam suas atividades na disputa. Dessa forma, uma equipe atua como requerente e, outras vezes, como requerida, atendendo à reclamação da ação litigiosa.

Ilustração: Marcelo Jatobá/Secom UnB


Nos confrontos, cada componente desempenha uma função específica. O grupo que apresentar a melhor argumentação e convencer os jurados, vence a disputa.

 

Como em uma Copa do Mundo, a cada rodada a equipe enfrenta a universidade de um país diferente. Inicialmente, cerca de 300 instituições participam da etapa de qualificação. Na segunda fase, apenas os 64 times restantes duelam em confrontos diretos. A partir daí, os grupos se enfrentam em eliminatórias simples, até que permaneçam dois finalistas e, por fim, o campeão

 

A estreia da UnB é no dia 19 de março contra a Reykjavik University, da Islândia.

 

EXPECTATIVAS – Para a estudante Priscilla Tollini, componente da equipe, a participação em uma competição internacional vai agregar valores positivos à sua formação profissional. "Mais importante do que o torneio em si, é poder adquirir experiência”, diz, confiante no bom desempenho do time.

 

O aluno Rodrigo Iglesias enxerga na competição uma oportunidade de conhecer outras jurisdições e saber como funciona o Direito em outros países.

 

CUSTOS – A fim de cobrir as despesas, os alunos organizaram uma vaquinha virtual. Assim, arrecadaram uma parte da quantia necessária para pagar passagens, hospedagem e alimentação. O complemento do dinheiro foi conseguido com ajuda financeira de familiares, professores da FD e escritórios de advocacia.

 

O retorno da equipe da UnB está previsto para 27 de março. Na bagagem, o estudante Gustavo Toniol pretende trazer excelentes experiências pessoais, profissionais e, quem sabe, o título de campeão do torneio.