O reitor da Universidade de Brasília, Ivan Camargo, receberá nesta terça-feira (10) a máxima condecoração honorífica da França. Trata-se da Ordre National de la Légion d'Honneur (Ordem Nacional da Legião de Honra, em português), condecoração instituída em 20 de maio de 1802 por Napoleão Bonaparte, para recompensar os méritos eminentes militares ou civis àquela nação.
Camargo será homenageado como cavaleiro da Ordem da Legião de Honra, em cerimônia fechada, na Embaixada da França em Brasília. De acordo com a embaixada, esta é a primeira vez que um reitor da UnB recebe a condecoração.
Para Ivan Camargo, esse momento tem um significado ainda mais especial – há 40 anos, seu pai, general José Maria de Toledo Camargo, também recebeu a Ordem. “Meu pai era militar e fez a Escola Superior de Guerra na França, entre 1963 e 1965. Ele tinha formação francesa e estava ocupando um cargo importante: era assessor de imprensa do então presidente Ernesto Geisel. Quando recebeu essa condecoração, fez um discurso lindo que guardo na minha memória. Então, ele recebeu essa homenagem e 40 anos depois eu recebo. É uma honra enorme, estou supersatisfeito e superorgulhoso”, conta o reitor da UnB.
Ele explica que, tradicionalmente, o presidente da França entrega a condecoração a personalidades internacionais, e que esta, agora, está ligada à cooperação existente não só entre Brasil e França, mas principalmente entre a Universidade de Brasília e as universidades francesas.
“Eles escolheram homenagear um reitor cuja formação é francesa – fiz meu doutorado na França e, durante os últimos três anos, fui várias vezes à França visitar universidades, o Ministério da Educação. Várias parcerias e vários contatos foram feitos, houve a assinatura de convênios. Então, essa cooperação internacional realmente avançou bastante e estão condecorando o reitor e a UnB por essa facilidade nessa relação Brasil-França”, afirma Ivan Camargo.
O reitor ressalta ainda que a parceria da UnB com a França é muito antiga. “Há uma relação muito forte da Universidade de Brasília com as escolas francesas. No curso de Engenharia, por exemplo, há dezenas de professores com doutorado feito na França. Os colegas de lá que vêm aqui ficam impressionados com a quantidade de pessoas que falam francês na UnB. Essa, então, é uma homenagem a uma histórica parceria entre a Universidade e a academia francesa”, diz Camargo.