A professora do Departamento de Administração (ADM/Face/UnB) e do Programa de Pós-Graduação em Administração (PPGA/ADM) Solange Alfinito acaba de ser escolhida para integrar o Conselho Global sobre o Futuro para Emissão Zero de Carbono do Fórum Econômico Mundial (FEM). Ela é a única representante da América Latina a participar desse conselho temático.
O Conselho Global sobre o Futuro para Emissão Zero de Carbono é um dos trinta Conselhos Globais sobre o Futuro (GFC, da sigla em inglês). Com mandatos bienais, a cada ano os GFCs se reúnem em evento internacional. São centenas de especialistas em busca de uma compreensão mais profunda sobre questões da atualidade e seus desafios. Nesse ano, o encontro é em Dubai entre os dias 16 e 18 de outubro.
“Entendo que se trata de um reconhecimento dos esforços de pesquisa que temos realizado nos últimos anos. Temos muitos representantes do norte global, mas a participação do sul global é extremamente pequena nesses tipos de fóruns mundiais”, diz a pesquisadora, que lidera o Laboratório de Estudos em Consumo Sustentável (Conscient/PPGA), criado na UnB em 2015, e é uma das responsáveis por inserir o Brasil na rede global de pesquisadores em consumo sustentável.
Para ela, participar de um Conselho Global sobre o Futuro oferece uma oportunidade única de “moldar políticas, influenciar o futuro global, colaborar com líderes de diferentes áreas e contribuir significativamente para o bem-estar das comunidades em todo o mundo”.
A ideia é propor ações capazes de engajar a sociedade em estilos de vida sustentáveis a partir do conhecimento científico e de experiências empresariais, de governos e da contribuição da sociedade civil. “No caso do GFC de Future Net Zero Living [Conselho Global sobre o Futuro para Emissão Zero de Carbono], as discussões poderão resultar em frameworks que permitam capacitar os consumidores na transição para estilos de vida sustentáveis”, diz.
O membros do Conselho para Emissão Zero de Carbono já estão trabalhando no tema. Após algumas reuniões remotas, uma das conclusões é de que é preciso avançar em estratégias que impulsionem mudanças de comportamento nas organizações públicas e privadas, responsáveis por uma parcela significativa das liberações de carbono e que inclui aquelas provenientes do consumo de produtos vendidos. “Essas emissões podem representar mais de 80% da pegada de carbono total para atores-chave do cenário de consumo”, aponta Solange.