A Universidade de Brasília avançou uma posição no ranking das melhores instituições de ensino superior da América Latina, de acordo o Times Higher Education (THE). O resultado, divulgado nesta terça-feira (18), coloca a UnB como a 15ª mais bem-conceituada da região. No ano passado, a instituição estava na 16ª colocação e, há dois anos, na 19ª.
O anúncio foi celebrado pela reitora Márcia Abrahão. “Nossa destacada colocação em rankings como o THE é importante em termos comparativos com instituições nacionais e internacionais. Conhecemos a qualidade acadêmica da UnB, mas é fundamental que a sociedade saiba desse reconhecimento por organizações de prestígio, ainda mais neste momento, de constantes questionamentos sobre o papel da ciência e das universidades públicas brasileiras”, disse.
O salto da UnB no THE América Latina nos últimos anos pode ser considerado multifatorial, uma vez que a instituição obteve notas progressivamente melhores em todas as áreas consideradas no ranking. No ano passado, a pontuação total da Universidade foi 70,3; este ano chegou a 74,6.
A reitora parabenizou a comunidade da UnB, que, “a despeito das dificuldades, se dedica diariamente a fazer ensino, pesquisa e extensão de qualidade”. Ela frisou, ainda, que a sociedade pode se orgulhar das universidades públicas e continuar confiando na UnB. “Esse é um investimento com retorno comprovado, tanto pela qualidade dos nossos egressos como da nossa atuação acadêmica”, acrescentou.
O vice-reitor, Enrique Huelva, lembrou que o resultado reforça o protagonismo da UnB na América Latina. “Temos buscado, cada vez mais, fortalecer nossa presença na região, inclusive nos tornando parte de redes de cooperação, como é o caso da Associação de Universidades do Grupo Montevidéu (AUGM)”, destacou. As parcerias ajudam a Universidade a ampliar seu índice de internacionalização, importante para a melhoria da colocação em avaliações nacionais e internacionais.
O THE é uma organização britânica que avalia universidades de todo o mundo. No ranking latino-americano, são considerados os mesmos indicadores utilizados na classificação global, porém, parametrizados a partir de características da região. São 13 indicadores, divididos em cinco áreas: ensino (36% da nota), pesquisa (34%), citações (20%), panorama internacional (7,5%) e renda com a indústria (2,5%, relativo à interação com o setor produtivo).
DADOS – Além da melhoria nos aspectos acadêmicos, a Universidade também vem melhorando o fornecimento de dados às organizações avaliadoras. “Desde que assumimos, estamos trabalhando junto ao demais decanatos, principalmente os de Pesquisa e Inovação (DPI) e de Pós-Graduação (DPG), para melhorar a robustez e o registro de nossos dados e fornecer um retrato mais fiel da situação da Universidade em termos de ensino e pesquisa”, comentou a decana de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional, Denise Imbroisi.
O resultado desta terça-feira soma-se a outros que vêm atestando a excelência da UnB. Em 2018, a UnB ingressou, por exemplo, no ranking das melhores instituições de ensino criadas entre 1955 e 1966 e entre as mais destacadas nos países emergentes.