A comunidade da Faculdade UnB Gama tem motivos para comemorar. Nesta quinta-feira (19), a Universidade inaugurou as instalações do Laboratório de Desenvolvimento de Transportes e Energias Alternativas (LDTEA), que deve impulsionar estudos e pesquisas nas áreas de tecnologias, de energia e de processamento de dados. A unidade também possui espaço dedicado a estudos de pós-graduação. Estavam presentes membros da administração superior, professores, técnicos e estudantes.
“O LDTEA estabelece uma unidade entre as engenharias e aproxima cada vez mais o campus da administração central da UnB. Hoje nos sentimos mais parte da Universidade de Brasília”, afirmou o diretor da FGA, Augusto César de Mendonça Brasil. O projeto da construção teve participação tanto do setor de Infraestrutura da UnB como dos próprios professores da FGA.
“Iniciamos o desenho do prédio com o intuito de implementar redes de lógica e de potência. Depois, esse projeto de engenharia foi melhorado pelo Ceplan [Centro de Planejamento Oscar Niemeyer]”, detalhou Brasil. “A parceria formada nesta gestão, por meio da Secretaria de Infraestrutura, trouxe muita inovação nos procedimentos”, elogiou.
Para o professor de Engenharia Automotiva Henrique Gomes de Moura, a obra reflete uma necessidade de integração de esforços e de conhecimento e favorecerá as cinco habilitações de engenharias da FGA. “Contribuirá na geração de tecnologia, pesquisas e outras atividades que agreguem ao desenvolvimento social local, tanto do Distrito Federal quanto no cenário nacional e internacional”, crê.
“Sofríamos pela falta de salas e laboratórios, agora as atividades serão mais bem distribuídas. A faculdade está investindo em energias renováveis, o que é bom para o futuro e mostra que estamos acompanhando tendências globais”, declara Gustavo Barbosa, estudante do quarto semestre de Engenharia Eletrônica.
Gustavo e o colega de curso Davi Dantas precisavam se deslocar a outra parte da região para desenvolver suas pesquisas, problema solucionado com a construção do LDTEA. “A construção do prédio facilita a questão de espaço e de tempo. Antes tínhamos que ir de carona ou de ônibus, o espaço potencializa nossas atividades”, afirma Davi.
HISTÓRIA – “É inevitável não nos recordamos de processos passados”, lembrou a reitora Márcia Abrahão, referindo-se ao período em que foi decana de Ensino e Graduação e responsável pela administração e constituição do processo de expansão da Universidade, dando origem a FGA, FCE e FUP.
De acordo com a reitora, as dificuldades não eram apenas logísticas ou estruturais, elas estavam na política e na cultura praticada pela UnB naquele período. “Até mesmo os estudantes acreditavam que a expansão reduziria os índices de desenvolvimento da instituição”, compartilha. “Quis a história que eu assumisse a reitoria e hoje defendemos o desenvolvimento de pesquisas, de qualificação técnica, profissional e nossa maior riqueza, nosso diamante, que são as pessoas”, diz.
O vice-reitor, Enrique Huelva, ressaltou como a gestão busca multiplicar esforços para entregar espaços acadêmicos adequados às necessidades da comunidade. Ele mencionou a recente entrega do prédio da Engenharia Florestal, no campus Darcy Ribeiro.
“Não é apenas uma questão de construir prédios, na verdade, significa trazer melhores condições para o desenvolvimento de pesquisas científicas, de projetos e tecnologias para a sociedade. Talvez seja a melhor resposta que a gente possa dar aos ataques contra a universidade”, frisou.
O prédio de quase 3 mil metros quadros e três andares busca atender as demandas dos cursos de engenharia da UnB, principalmente das localizadas na FGA. O LDTEA conta com instalações modernas em suas redes elétricas e espaços amplos para atender as necessidades de professores, estudantes e pesquisadores das áreas automotiva, aeroespacial, de energia, eletrônicas e de software.
As obras foram iniciadas em dezembro de 2017, com previsão de entrega para julho deste ano. De acordo com a secretária de Infraestrutura, Helena Zanella, a colaboração e a integração entre os decanatos de Administração (DAF), de Planejamento, Orçamento e Avaliação Institucional (DPO), de Ensino de Graduação (DEG) e a dedicação dos arquitetos do Ceplan foram essenciais para o recebimento definitivo da obra, com todos os reparos com as correções finais, nesta quarta-feira (18).
Zanella destaca a inovação alcançada, conforme parâmetros internacionais, em espaços flexíveis e adaptáveis a diversos propósitos, entre pesquisa, estudos e práticas acadêmicas. “Estamos no padrão das melhores universidades”, garante. Ao todo, a obra custou R$ 7,2 milhões.
“Este é um exemplo concreto de como usar o recurso público de uma forma que proporcione benefícios a uma grande comunidade, com recursos utilizados dentro do previsto e trabalhando no melhor espírito de legalidade”, completou a secretária.
*estagiário de Jornalismo na Secom/UnB.