Pedro Luiz Tauil
Ebola é uma doença febril aguda, grave, frequentemente fatal em seres humanos e macacos, chimpanzés e gorilas. É produzida por um vírus da família Filoviridae, do gênero Ebolavirus. Até o momento já foram identificadas cinco espécies de Ebolavirus, das quais quatro produzem doença em seres humanos: Zaire, Sudan, Taï Forest ebolavirus, antes conhecida como Costa do Marfim ebolavirus, e Bundibugyo ebolavirus. A quinta espécie, Reston ebolavirus, tem produzido doença apenas em animais.
A doença é encontrada em alguns países africanos. Foi descoberta em 1976, próxima ao Rio Ebola, na atual República Democrática do Congo. Desde então, surtos têm sido descritos esporadicamente em outros países da África.
Provavelmente, os reservatórios naturais do vírus Ebola sejam morcegos frutívoros.
A transmissão inicial do vírus para os seres humanos para desencadear um surto, provavelmente, ocorre por contato direto com um animal infectado. Após a primeira infecção humana, a transmissão para outras pessoas dá-se por várias maneiras, entre elas: contato direto com sangue e outros fluidos humanos, como fezes, saliva, urina, vômito e sêmen, da pessoa doente e contato com objetos contaminados, como seringas e agulhas.
O vírus penetra por soluções de continuidade da pele ou pelas mucosas desprotegidas como a dos olhos, nariz e boca. Dissemina-se frequentemente entre familiares e amigos pelo contato íntimo com sangue e fluidos corporais do doente. Durante os surtos, a doença pode propagar-se rapidamente entre profissionais de saúde que cuidam dos doentes em clínicas e hospitais, quando estes não fazem uso adequado de equipamentos protetores, como máscaras, gorros, luvas e óculos. O uso de material descartável é fortemente recomendado. Quando não for possível, devem ser cuidadosamente esterilizados.
Uma pessoa infectada com o vírus só é contagiante após o aparecimento de sintomas ou sinais, como febre acima de 38,6°C, forte dor de cabeça, dores musculares, vômitos, diarreia, dores abdominais e hemorragias. Estes sintomas aparecem em média de 8 a 10 dias após a exposição, podendo variar de 2 a 21 dias. A recuperação depende da resposta imune protetora do paciente. Não há ainda tratamento específico antiviral e nem vacina protetora comprovadamente eficazes. Ambos estão em desenvolvimento. O tratamento é apenas sintomático e de suporte à vida. Doentes que se recuperam desenvolvem anticorpos protetores por pelo menos 10 anos.
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