OPINIÃO

 

 

Alan Ricardo da Silva é graduado em Estatística pela Universidade de Brasília, mestre e doutor em Transportes pela Universidade de Brasília. Possui pós-doutorado em Estatística Espacial pela University of St Andrews, Scotland, UK. Atualmente é professor associado do Departamento de Estatística da Universidade de Brasília (UnB). 

 

 

Marina Barros de Oliveira é graduada em Estatística pela Universidade de Brasília (2018) e cursa mestrado (início 2020) em Estatística na mesma universidade. Atualmente é pesquisadora no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). 

Alan Ricardo da Silva e Marina Barros de Oliveira

 

Uma vez que o atual cenário da pandemia tornou inviável a realização de pesquisas domiciliares presenciais, surgiu a necessidade de aprimorar outras formas de coleta de dados, sem visitas presenciais. Desta forma, a dissertação está realizando um estudo sobre amostragem por telefone, com o objetivo de analisar a metodologia adotada para a realização de pesquisas por telefone e outras formas de contato com os entrevistados.


Assim, realizou-se um estudo de caso com o intuito de avaliar se a pesquisa por telefone é qualificada para estimar o real parâmetro de interesse por meio de estimativas intervalares. Com auxílio da Secretaria de Administração Acadêmica – SAA, que disponibilizou os dados desidentificados dos alunos da pós-graduação da Universidade de Brasília, foi possível obter uma base com os 8.926 estudantes. Desta base populacional, duas informações importantes foram obtidas: o número de telefone e e-mail desses alunos.


A partir dessa base, selecionou-se uma amostra de estudantes estratificada com alocação proporcional pelos colégios CIÊNCIAS EXATAS, TECNOLÓGICAS E MULTIDISCIPLINAR, CIÊNCIAS DA VIDA e HUMANIDADES e dois estudos foram feitos.


O primeiro consistiu em enviar e-mail para as pessoas sorteadas informando sobre a pesquisa e o link com o formulário contendo seis perguntas. A pesquisa foi realizada entre os dias 8 e 12 de fevereiro de 2021 e contou com a participação de 78 respondentes.


Já o segundo estudo diferiu do primeiro pois foi realizado por meio de ligação telefônica, realizado na semana seguinte, entre os dias 15 e 22 de fevereiro de 2021 e contou com a participação de 103 respondentes.


Os resultados da pergunta “Se o(a) estudante se sentiria seguro(a) em voltar a ter aulas presenciais na UnB se as aulas voltassem em março conforme a portaria nº 1038 do MEC” estão na Tabela abaixo.

 

Forma de Contato

Você se sentiria seguro(a) em voltar a ter aulas presenciais na UnB se as aulas voltassem em março conforme a portaria nº 1038 do MEC?

SIM

NÃO

 

Web

18,79

(10,26; 27,32)

81,21

(72,68; 89,74)

 

Telefone

23,95

(15,67; 32,22)

76,05

(67,78; 84,33)

                                            Os valores entre parênteses são os intervalos de 95% confiança.

 

Os resultados da pergunta “Qual o motivo de não se sentir seguro(a) em voltar a ter aulas presenciais na UnB” estão na Tabela abaixo.

 

Qual o motivo de não se sentir seguro(a) em voltar a ter aulas presenciais na UnB.

Forma de Contato

Web

Telefone

 

Esperarei ser vacinado(a)

38,98

(26,92; 51,03)

47,30

(36,28; 58,32)

 

Moro com pessoa(s) do grupo de risco

22,57

(11,88; 33,27)

24,77

(15,26; 34,27)

 

Não acho que a UnB está segura

9,73

(2,09; 17,36)

11,42

(4,35; 18,49)

 

Não me sinto seguro(a)

25,6

(14,38; 36,82)

5,15

(0,15; 10,17)

 

Outros

3,12

(0,00; 7,44)

11,36

(4,14; 18,58)

 

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