Caio Frederico e Silva
O campus universitário é um ambiente naturalmente educativo e inspirador. Com mais um semestre “remoto”, sentimos falta da vivacidade de estarmos juntos, no vai e vem de ideias que fazem a Universidade um lugar único. Neste contexto pandêmico, no entanto, nos resta exigir a vacina, evitar a aglomeração e buscar soluções para voltarmos com saúde, buscando salas de aula mais confortáveis e mais saudáveis.
Por conta da natural aproximação entre as pessoas que a sala de aula promove, nem sempre esses locais possuem a qualidade ambiental desejada. Muitas salas nem sequer possuem janelas que permitem ventilação natural satisfatória. A busca pelo conforto térmico em salas de aula, por exemplo, é tema de diversas pesquisas desenvolvidas no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília (PPG FAU UnB).
A mudança nas rotinas, imposta pelo novo normal, nos forçou a adaptar os nossos ambientes, na medida do possível, pois percebemos que nem sempre a nossa casa nos provia conforto. O mesmo aconteceu com a nossa Universidade, percebemos que os nossos ambientes nem sempre eram adequados. As salas de aula são espaços pensados para favorecer as trocas, entre alunos e professores. Assim, toda a dinâmica escolar é prejudicada pela sua baixa qualidade ambiental.
Assim, buscando mitigar o impacto negativo da pandemia na rotina universitária, muitos colegas se debruçaram na busca de soluções para melhorar as nossas salas de aula. Um dos documentos elaborados foi o miniguia com a metodologia de avaliação das instalações da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU), elaborado por um grupo de professores e alunos da própria faculdade. Este guia metodológico avalia os ambientes da Faculdade visando à reabertura. Destaco que a FAU fica situada no coração do campus, na ala norte do Instituto Central de Ciências (ICC), edifício emblemático para toda a UnB, projeto de Oscar Niemeyer e Lelé. Por uma questão histórica, o edifício tem sérias limitações para a alteração da sua infraestrutura, o que limita a busca por adaptações ou reformas, dada a carência financeira que as universidades têm enfrentado nos últimos anos.
Em certos contextos climáticos, apenas o uso de sistemas de condicionamento do ar pode garantir o conforto e a salubridade. Neste sentido, para auxiliar no processo de manutenção dos sistemas de condicionamento de ar, um dos documentos que pode ser facilmente consultado é o documento elaborado para a ASHRAE (American Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers) para a reabertura de escolas e universidades, que nós (do grupo ASHRAE Student Branch - Brasília) traduzimos o: Guia de Reabertura de Escolas e Universidades. Pondero que o Guia foi desenvolvido para o contexto americano, onde muitas salas de aula são climatizadas artificialmente.
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