OPINIÃO

 

Fernanda Angelo é jornalista, pelo Instituto de Educação Superior de Brasília (Iesb), tem mais de 12 anos de experiência em comunicação organizacional. Possui MBA em Comunicação Empresarial e Mídias Digitais e é pós-graduanda em Marketing Digital e Mídias Sociais. Atualmente é bolsista da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), pela Universidade de Brasília – UnB, no Projeto Arbocontrol, além de colaboradora na equipe de Comunicação da Sala de Situação da UnB.

 

 

 

Jonas Lotufo Brant de Carvalho é epidemiologista e professor do curso de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (FS/UnB). Atualmente também é coordenador da Sala de Situação da UnB e da Coordenação de Atenção e Vigilância em Saúde (Coavs). Graduado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual de Londrina, mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e doutor em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Também é membro da Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo (ProEpi).

Fernanda Angelo e Jonas Brant 

 

A pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) é considerada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como a pior crise global desde a Segunda Guerra. Sem dúvidas, é também a pior crise sanitária vivenciada pelo Brasil. Diante deste cenário e em homenagem ao aniversário de 59 anos da UnB, é necessário um debate acerca da importância que as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) têm em desenvolver ciência e tecnologia e oferecer conhecimento científico aos gestores para a tomada de decisão no enfrentamento às emergências em saúde pública. Também é imprescindível ressaltar a importância em transmitir o conhecimento científico à população, que tem papel essencial no controle de doenças como a que vivenciamos atualmente.

 

A Universidade de Brasília (UnB) tem desenvolvido trabalhos relevantes para o enfrentamento à pandemia. A emergência em saúde pública nos faz refletir sobre a importância de um plano de contingência para preparar respostas ao controle de doenças. Pode-se dizer que a UnB saiu na frente quando, antes mesmo de ser registrado o primeiro caso do novo coronavírus no Brasil, em fevereiro de 2020, já estava com um comitê de operações de emergência (Coes) e com a primeira versão do plano de contingência pronto para o enfrentamento do novo coronavírus dentro da instituição de ensino.

 

O fato foi possível devido à integração ensino e serviço, à existência de um laboratório na Faculdade de Saúde, focado em extensão, e a uma equipe multidisciplinar da Sala de Situação da UnB e Dasu/DAC, entre outros parceiros, com o intuito de desenvolver tecnologia de inteligência local em saúde, para apoiar no monitoramento, análise e definição de ações na área, junto a estudantes e gestores, na tomada de decisão e respostas em emergências em saúde pública. Inclusive, já são produzidos materiais, como aulas, modelos e guias que auxiliam os municípios na construção de suas próprias ações. Vale destacar que a produção de conhecimento científico para o enfrentamento à covid-19 em nível local é de grande relevância na rotina atual de pesquisadores da Universidade e demais parceiros.

 

Além do plano de contingência, foi possível trazer para a instituição uma adaptação do aplicativo Guardiões da Saúde, para o seu uso na vigilância voltada à covid-19, tanto a participativa (inicialmente), com foco no coletivo e, mais recente, na vigilância ativa, voltada ao indivíduo. Por meio dessa ferramenta, a Universidade consegue desenvolver ações de investigação caso a caso, com orientações, no intuito de romper cadeias de transmissão.

 

Esse trabalho inovador em vigilância institucional, tem sido desenvolvido por meio de uma parceria entre a SDS/UnB e a ProEpi (Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo), além dos decanatos da instituição: de Ensino e Graduação (DEG), Gestão de Pessoas (DGP) e Assuntos Comunitários (DAC), efetivada pela Coordenação de Atenção e Vigilância em Saúde (Coavs).

 

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