OPINIÃO

 

José Antonio Iturri de La Mata é graduado em Medicina Humana - Universidad Peruana Cayetano Heredia, mestre em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz e doutor em Saúde Coletiva pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro na área de Políticas Públicas, Planejamento e Administração em Saúde. Atualmente é professor da Universidade de Brasília / Faculdade de Ceilândia (FCE/UnB). 

 

 

Ligia Maria Cantarino da Costa é graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Fluminense, especialista e mestre em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz. Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade de Brasília. Professora de Medicina Veterinária Preventiva, leciona as disciplinas de Saúde Pública Veterinária, Epidemiologia Veterinária e Introdução à Medicina Veterinária da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da UnB.

 

 

Jonas Lotufo Brant de Carvalho é epidemiologista e professor do curso de Saúde Coletiva da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (FS/UnB).  Coordenador da Sala de Situação da UnB e da Coordenação de Atenção e Vigilância em Saúde (Coavs). Graduado em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual de Londrina, mestre em Medicina Veterinária pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e doutor em Saúde Coletiva pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho. Também é membro da Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo (ProEpi).

 

 

 

 

José Iturri, Lígia Cantarino e Jonas Brant

 

"Estava em casa pensando ‘que mais eu poderia fazer?’ e este projeto me fez sentir útil no meio da epidemia"; "Tenho orgulho de ser dos Guardiões e de ajudar a universidade nessa pandemia; continuem contando comigo". A primeira frase é um depoimento, em julho/2020, de uma integrante da nossa equipe; a segunda, no Instagram, em 2021, de uma das 27.275 pessoas que, até junho deste ano, tinham instalado o aplicativo Guardiões da Saúde. Ambas ilustram como este app – criado em 2007 e atualmente desenvolvido em parceria pela Associação Brasileira de Profissionais de Epidemiologia de Campo (PROEpi) e a Sala de Situação/UnB – promoveu a criação de um espaço de trabalho e colaboração que concretiza os princípios norteadores da UnB.

 

Desenhado como um dispositivo de vigilância epidemiológica comunitária foi adaptado para auxiliar no controle da emergência sanitária por covid-19 e está disponível para qualquer pessoa nas plataformas Android e iOS. Os usuários registram diariamente seu estado de saúde e, caso tenham certas combinações de sintomas, podem ser considerados, mediante um algoritmo diagnóstico, como sintomáticos. Estas informações – em uma base de dados com mais de 3 milhões de registros – auxiliam no monitoramento em tempo real da situação epidemiológica através de um mapa da saúde. Ainda, os usuários recebem notícias de fontes confiáveis e orientações gerais sobre a pandemia, por exemplo, medidas de biossegurança para evitar a transmissão do vírus e desmentidos sobre notícias falsas. Por fim, o aplicativo é um elemento central no novo serviço de Vigilância Ativa oferecido pela Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária (Dasu) do Decanato de Assuntos Comunitários (DAC/UnB), que brinda orientações e aconselhamento personalizados para os sintomáticos.


Em dois semestres, 19.215 estudantes da graduação instalaram o aplicativo, vinculado – em parceria com o Decanato de Ensino de Graduação (DEG) – à disciplina Vigilância Epidemiológica Comunitária e Participativa, de módulo livre, que oferece 4 créditos como forma de incentivar a participação.


Todas essas facetas expressam a vocação da UnB para a colaboração interdisciplinar, porque as três equipes do projeto (Tecnologia da Informação, Vigilância e análise de informações, Comunicação) compõem-se de estudantes e professores de diversos cursos (Comunicação, Enfermagem, Engenharia automotiva, Engenharia de software, Matemática, Psicologia, Saúde coletiva, Veterinária) estimulando a interação e criatividade nas soluções.


Sendo mais um dos variados aportes da UnB no controle da pandemia no DF (pesquisas, orientação ao público, apoio aos serviços de atenção etc.) o Guardiões da Saúde colabora, por um lado, cuidando da saúde, informação e comunicação da própria comunidade universitária. Por outro lado, produto da análise da base de dados, semanalmente são divulgados para a sociedade e gerências de serviços de saúde do SUS Reportes de Situação e Boletins Epidemiológicos com o potencial de influenciar nas decisões para intervir na pandemia.

 

Clique aqui para mais informações e baixar o aplicativo do Guardiões da Saúde.

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