OPINIÃO

Thaíse Oliveira Torres Monteiro é graduada em Comunicação Social, com habilitação em jornalismo, pela Universidade de Brasília  e especialização em Comunicação Organizacional pela Universidade Estácio de Sá (2016). É graduada em Ciências Sociais, com habilitação em Antropologia, também pela Universidade de Brasília, onde atua profissionalmente como jornalista estatutária. Integra o Laboratório de Etnologia em Contextos Africanos da Universidade de Brasília (Ecoa).

Thaíse Torres

 

A finalidade de um servidor público encontra-se em seu nome: servir ao público. Pouco original, mas perfeitamente cabível visto o que nós, como servidores, fazemos na UnB.

 

Quando entrei para o time de técnicos administrativos em educação da Universidade de Brasília, em 2016, não tinha ideia do quão essencial é o serviço desempenhado pelo nosso corpo de profissionais por trás das cortinas. Formada na casa, me faltava a perspectiva dos bastidores, no qual hoje vejo muito sentido, força, garra e determinação em fazer acontecer.

 

Segundo o anuário estatístico 2020, somos 3.233 técnicos trabalhando para a continuidade – com excelência – dos serviços, antes, durante e depois da pandemia.

 

Outro lugar comum é a superação de desafios, mas é uma expressão que faz sentido quando penso no nosso trabalho como técnicos de Instituição Federal de Ensino Superior (Ifes).

 

No presencial, a estrutura é, sendo muito gentil nas palavras, inadequada para o serviço. São limitações impostas pelos cortes e alocações orçamentárias. No teletrabalho, nossos horários confundem-se com dinâmicas domésticas e, olhando para mim e para os lados, vejo todos esticando um pouco mais o cobertor curto – e puído – para ver se damos conta das demandas.

 

Não quero glamourizar o trabalho excessivo e em condições que não são as ideais, de forma alguma. Quero enfatizar que a continuidade das atividades administrativas, a possibilidade da oferta de cursos remotos, a disseminação de informações, a continuidade de registros e processos, os pagamentos de vencimentos e bolsas…. Tudo isso acontece porque técnicos e técnicas adaptam-se aos mais diversos cenários, driblam as dificuldades do caminho e continuam a se dedicar ao que é o nosso corolário: servir ao público.

 

Como jornalista da Universidade, tenho a grata chance de estar em contato com muitas áreas e pessoas da nossa comunidade universitária. O que trago como testemunho de minhas interações diárias, é certeza da lealdade por uma instituição que nos guia com clareza determinante e inabalável em meio aos desserviços das fake news e dos desgovernos que não fomentam políticas públicas com tanto cuidado quanto potencialmente o faz a nossa querida UnB.

 

Quem atua nos bastidores possibilita que a Universidade de Brasília continue pulsando seu coração diverso, inclusivo, reflexivo e crítico. E, se o nome da Universidade de Brasília vai tão longe, é porque o conhecimento produzido aqui teve suporte de técnico de informática ou de laboratório, por exemplo. Mais ainda, pensando no meu contexto diário: de assistentes administrativos, de profissionais de fotografia, de assessoria de imprensa, de relações institucionais, de design, revisores de texto e jornalistas.

 

Somos nós esses profissionais que, dentro de nossas expertises, damos suporte às atividades fim, ou projetamos nossa universidade ainda mais adiante, com zelo, dedicação e, acima de tudo, gosto pelo que fazemos. Parabéns, a nós, servidores públicos, pelo nosso dia.

ATENÇÃO – O conteúdo dos artigos é de responsabilidade do autor, expressa sua opinião sobre assuntos atuais e não representa a visão da Universidade de Brasília. As informações, as fotos e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seu conteúdo.