OPINIÃO

Asdrúbal Borges Formiga Sobrinho é doutor em Psicologia pelo Instituto de Psicologia e professor do Departamento de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento (PED) e do Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento e Educação (PGPDE) do Instituto de Psicologia da UnB.

Asdrúbal Borges Formiga Sobrinho

 

Assim tem sido com coisas que se tornam populares. Não é diferente com os emojis, população crescente no mundo virtual e, há muito tempo, capaz de escapar das telas em forma de objetos, fantasias, músicas e tantas outras formas. Já existe até a Emojipédia, um catálogo com emojis de todo o mundo. Então, por que não celebrar o Dia Mundial do Emoji?

Os emojis nasceram na década de 1990, tendo sua autoria atribuída a Shigetaka Kurita, funcionário de uma empresa de telefonia móvel do Japão. O objetivo era representar palavras visualmente e assim atender à instantaneidade da comunicação feita com troca de mensagens. Por mais que muita gente os associe àquelas carinhas – nem sempre – simpáticas e bem-humoradas, a Apple criou um emoji para o lançamento de seu aplicativo de calendário, o iCal, há exatamente 20 anos. Google, Samsung e Twitter seguiram a colega e também marcaram o dia 17 de julho em seus ícones. Microsoft e Facebook escolheram outras datas.

No uso cotidiano, emojis estão cada vez mais diversos para representar sentimentos, reações, gestos, atividades e assim por diante. Mas apesar da aparente simplicidade de todos e da repetição exaustiva de alguns, não vale qualquer ícone para integrar a categoria. As figurinhas seguem padrões internacionais para garantir a efetividade da comunicação entre os usuários, ainda que diferentes sistemas operacionais possam fazer algumas adaptações. Mas mesmo diante da diversidade de ícones, as carinhas é que falam alto. Afinal, são feitas para serem a nossa cara, mesmo que piscadelas possam ser escolhidas para reforçar simpatia ou amenizar uma bronca.  

E quando alguém escolhe a carinha errada? É, o teclado pode trair quem está com pressa ou quem já tem a vista um pouco desgastada por ser jovem há mais tempo que os emojis. Essas e outras imperfeições podem até causar ato falho e deixar nossa cara ruborizada, levar nossa mão pra boca ou outra reação já grafada em emojis. Para evitar o constrangimento, tem também aqueles emojis grandões, exagerados, que saltam na tela e praticamente saltam da tela. Faltam falar. Parece até que falam mesmo. Quem não conhece alguém mais adepto de emojis do que palavras nas mensagens?  

Quando bem utilizados, emojis nos ajudam a economizar tempo e reduzir toques na tela. Ajudam mais ainda quando não sabemos descrever o que sentimos. Pelo menos os sentimentos mais comuns podem encontrar uma carinha facilmente traduzível. Outros ainda poderão ser criados e circular pelas redes sociais ou até pelas ruas, em camisetas e fantasias, por exemplo. E que circulem com coraçõezinhos batendo e fazendo rir, chorar, sentir vergonha, orgulho, medo, raiva, saudades e tudo mais. Que contribuam para compartilharmos carinhas ou carões e assim nos tornem ainda mais conectados com os outros.  

Se você também usa bastante emojis e quer celebrar a data no Facebook, Twitter, Instagram ou Tik Tok, fica a dica: #WorldEmojiDay.

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