OPINIÃO

Isaac Roitman é doutor em Microbiologia, professor emérito da Universidade de Brasília e membro titular de Academia Brasileira de Ciências.

Isaac Roitman 

 

O ódio domina o Oriente Médio. Cito alguns pensamentos sobre o ódio: 

 

1. “O ódio é a vingança do covarde” (George Bernard Shaw).
2. “O mundo está farto de ódio” (Mahatma Gandhi).
3. “O ódio é a tristeza acompanhada da ideia de uma causa exterior” (Baruch Espinoza).
4. “Quanto menor é o coração, mais ódio carrega” (Victor Hugo).
5. “Quem dá expansão ao seu ódio destrói a sua própria casa” (textos judaicos).
6. “O amor é sábio, o ódio é tolo” (Bertrand Russell).

 

É importante refletirmos sobre esses pensamentos. O ódio é uma emoção que envolve aversão, hostilidade e animosidade e pode surgir de uma variedade de fatores, como diferenças culturais, religiosas, políticas, raciais, étnicas ou sociais. O combate ao ódio e a promoção da compreensão, empatia e tolerância são importantes para promover a paz e a coexistência pacífica entre as pessoas. O amor é a maior arma para neutralizar o ódio. Cito alguns pensamentos:

 

1. “O que acaba com o ódio é o amor” (Buda).
2. “O amor é sábio, o ódio é tolo” (Bertrand Russell).

3. “A cortesia é irmã da caridade, que apaga o ódio e fomenta o amor” (São Francisco de Assis).
4. “Eu decidi ficar com o amor. O ódio é um fardo muito grande para se carregar” (Martin Luther King Jr.).
 

O combate ao ódio e a promoção da compreensão, empatia e tolerância são importantes para promover a paz e a coexistência pacífica entre as pessoas.

 

A arma mais importante a ser usada no conflito do Oriente Médio é a extinção do ódio e a ampliação do amor. A perda de vidas, seja de israelenses, palestinos e de outras nações, é inaceitável. A população de Israel e de Gaza e da Cisjordânia tem o direito a um bem-estar em uma atmosfera de paz total, onde os direitos humanos sejam garantidos de maneira plena. Os extremistas e radicais de ambos os lados devem ser combatidos, trocando suas bandeiras de ódio pelas bandeiras do amor.

 

A proposta de muitos países, como a do Brasil, de termos dois Estados interdependentes, cooperativos e que garantam o bem-estar de suas populações, penso que seria a melhor solução. Esse caminho teria o apoio de milhões de pacifistas que sonham com uma civilização verdadeira onde o amor prevaleça sobre o ódio, uma civilização onde interesses geopolíticos e econômicos de poucos causem sofrimentos a muitos.
 

O Oriente Médio não é um beco sem saída. A paz (Shalom, em hebraico) é possível. Esse é o desafio. Bola para a frente e lembremos o sábio pensamento de Albert Einstein: "A paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos."

 

Publicado originalmente em 11 de outubro no portal Monitor Mercantil

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