Angélica Peixoto de Paiva Freitas e Karoline Marques Pires
Pegar o celular, abrir as redes sociais e rolar o feed. A automatização dos dedos e do cérebro evidencia a dimensão que mídias como Instagram, Tik Tok, WhatsApp, Twitter e companhia conquistaram nas esferas individual e pública na contemporaneidade. Fontes de entretenimento e de (des)informação, permitem-nos também refletir sobre nosso ser-estar no mundo. E, na condição de instituição pública, não é diferente. Por que, para que e como a Universidade de Brasília deve ou não participar das redes sociais?
Tais questionamentos permeiam e definem o fazer diário da comunicação institucional. As respostas e os direcionamentos, por sua vez, vêm dos princípios da comunicação pública*, quais sejam: garantir o acesso amplo à informação; fomentar o diálogo; estimular a participação; promover os direitos e a democracia; combater a desinformação; ouvir a sociedade; focar no cidadão; ser inclusiva e plural; tratar a comunicação como política de Estado; garantir a impessoalidade; pautar-se pela ética; atuar com eficácia.
Com perfis ativos no Instagram (@unb_oficial), no Facebook (@oficialUnB) e no Twitter (@unb_oficial), a UnB compartilha conteúdos sobre vida acadêmica, formas de ingresso, pesquisas desenvolvidas na instituição, serviços e oportunidades disponibilizados para toda a comunidade. Além disso, interage, em tempo real, com seu público que contabiliza mais de 100 mil seguidores em cada canal.
Os desafios não são poucos. Redes sociais são extrema e rapidamente fluidas. Oferecem novas funcionalidades técnicas, fazem emergir tendências positivas e negativas de conteúdo. Exigem, consequentemente, gerenciamento instantâneo de crises, mudança de estratégias e adaptação de temáticas que sempre (re)conduzam aos caminhos principiológicos da comunicação pública. Soma-se a esse cenário, o fato de todas as postagens serem orgânicas, ou seja, sem impulsionamentos pagos e direcionados. Não é tarefa fácil, mas engrandecedora.
Trabalhar a imagem da Universidade de Brasília nas redes sociais é, principalmente, promover a democratização da informação e do acesso ao ensino superior, possibilitando à sociedade informações relevantes sobre umas das maiores instituições do país. Interagindo com pessoas de diferentes perfis, faixas etárias e localidades, esclarecem-se dúvidas, populariza-se a ciência e revela-se o que a Universidade concebida por Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira tem de melhor a oferecer. Sem contar o aprendizado, a partir do contato com quem está do outro lado do teclado, sobre as carências e as necessidades que a UnB pode suprir.
Tais dinâmicas só são possíveis graças ao esforço, à criatividade, ao planejamento, à parceria e, muitas vezes, às doses extras de paciência da equipe que compõe a Secretaria de Comunicação (Secom) da Universidade de Brasília. Neste ano em que a unidade completa 15 anos, a própria equipe tem se lançado a “encontros no divã” e reconhecido, nesses mergulhos coletivos, como cada profissional, em sua atividade específica, contribui para que a informação e o conhecimento circulem de maneira cada vez mais clara, acessível e democrática.
Que a Universidade de Brasília continue indo além e se afirmando atuante como sempre e necessária como nunca. Não há tempo a perder: futuro é agora!
* MEDEIROS, Armando; Lilian Chirnev (org.). Guia de comunicação pública. 1. ed. Brasília: Associação Brasileira de Comunicação Pública, 2021. 72 p. ISBN 978-65-00-64233-9. Disponível em: https://abcpublica.org.br/wp-content/uploads/2023/03/GUIA-DE-COMUNICACAO-PUBLICA.pdf. Acesso em: 21 nov. 2023.
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