José Leonardo Ferreira
A Astronomia é seguramente a ciência mais antiga e surgiu nos últimos 12 mil anos na Mesopotâmia (sumerianos e babilônicos), no Egito e na Ásia (India e China). Os primeiros dados de registros arqueológicos que identificam a consciência humana das estrelas e dos "céus" datam de 32 mil a.C. Na antiguidade, o destaque maior vai para Grécia, onde nasceram as primeiras teorias e descrições para o funcionamento do cosmos. A astronomia moderna nasce na Europa, com os primeiros modelos científicos para o sistema solar a partir das ideias de Copérnico, Galileu, Kepler e Newton.
No Brasil, existe uma data para celebrar a astronomia, essa data é no dia 02 de dezembro. Nessa data são celebradas as contribuições que essa ciência trouxe para sociedade e para a ciência em geral.
Em 2017 foi oficializado, a partir de uma lei federal (Lei 13.556), o Dia Nacional da Astronomia no Brasil. Essa data não foi escolhida ao acaso, essa data é o aniversário do Dom Pedro II, considerado o patrono da astronomia brasileira. Ele era um entusiasta da astronomia, estruturou o Imperial Observatório, fundado pelo seu pai, Dom Pedro I, que foi construído em 1827, mas só começou a funcionar em 1846 graças aos seus esforços.

De fato, D. Pedro II tornou-se um entusiasta da astronomia desde a adolescência, a partir de seu grande professor e astrônomo belga Louis Ferdinand Cruls, posteriormente naturalizado brasileiro como Luiz Cruls e nomeado diretor do Observatório Astronômico Nacional, em 1881. D.Pedro II tornou-se seu discípulo no observatório do Morro do Castelo, onde dava vazão ao seu gosto por astronomia.
Importante destacar algumas de suas várias contribuições para o desenvolvimento da astronomia no Brasil. Mesmo sobre protestos do parlamento e críticas da imprensa, D.Pedro II acabou liberando, por decreto, verbas para missões cientificas envolvendo astronomia em que o Brasil participou, sendo algumas delas:
-A observação do eclipse solar do ano de 1857.
-A observação do trânsito de Vênus, em 1882.
Obs.: Essa observação do trânsito de Vênus foi importante para o cálculo da distância e do tamanho do Sol.
Após a proclamação da república em 1889, a proximidade entre Luiz Cruls e D. Pedro II não teve grandes reflexos para o astrônomo, que continuou como diretor do Observatório Nacional e foi designado para liderar uma expedição ao Brasil central que ficaria conhecida como MISSÃO CRULS. A Assembleia Constituinte fixou na primeira Constituição Federal a demarcação dos limites da nova capital, a futura Brasília, no Planalto Central do país.
O Dia do Astrônomo também serve para inspirar futuras gerações de astrônomos, destacando o trabalho dos astrônomos brasileiros na área. Atualmente, o Brasil possui várias instituições de ensino e pesquisa com grupos de astronomia. Elas possuem vários astrônomos de destaque internacional trabalhando em projetos de grandes telescópios baseados em Terra, como é o caso do Gemini e do ALMA, nos andes chilenos e também em vários telescópios espaciais. Normalmente, estas instituições e suas organizações científicas realizam eventos especiais, workshops, atividades educativas, observações do céu, entre várias outras atividades para promover a astronomia no Brasil.
Você conhece as universidades brasileiras que possuem o curso de Astronomia? Abaixo você vai poder conhecê-las.
Universidade de São Paulo (USP) - Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG).
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) - Instituto de Geociências (IG).
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) - Observatório do Valongo (OV).
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - Instituto de Ciências Exatas (ICEx).
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) - Instituto de Física (IF).
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) - Departamento de Física (FSC).
Universidade Federal do Ceará (UFC) - Departamento de Física (FIS).
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) - Departamento de Física.
Universidade Federal de Itajubá (Unifei) - Instituto de Física e Química (IFQ).
Clique aqui para ler o artigo na íntegra.
ATENÇÃO – O conteúdo dos artigos é de responsabilidade do autor, expressa sua opinião sobre assuntos atuais e não representa a visão da Universidade de Brasília. As informações, as fotos e os textos podem ser usados e reproduzidos, integral ou parcialmente, desde que a fonte seja devidamente citada e que não haja alteração de sentido em seu conteúdo.