OPINIÃO

Maria Hosana Conceição é química, professora da Faculdade de Ceilândia. Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação-PPG PROFNIT/ UnB.  

 

 

 

Maria Hosana Conceição

 

Nesse mês de abril a Universidade de Brasília [UnB] está fazendo aniversário. Os estudantes, os técnicos administrativos e nós professores, nos sentimos honrados de poder fazer parte dessa cultura recebida do educador e pesquisador Darcy Ribeiro. Mas qual o papel da extensão da Faculdade de Ceilândia [FCE] nos 62 anos da UnB? Podemos traçar uma rápida linha do tempo desde a implantação do Campus da Ceilândia em 2008 com o Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais [Reuni], instituído pelo Decreto no. 6.096 de 24 de abril de 2007, pelo Ministério de Educação [MEC] até os dias atuais. Desde sempre, a FCE tem/recebe a fama de ser forte nas ações de extensão, desde a sua criação, ainda no CEM 04 da Guariroba, já tínhamos cinco projetos de extensão a saber: Formação Comunitária para Ações de Promoção da Saúde e da Qualidade de Vida; Integração Química e Saúde; Gescardio_ grupo de estudos em saúde cardiovascular e produção da saúde; Cine Clube e Revitalização da Biblioteca do CEM 04. Nesses dois primeiros anos da FCE, a extensão foi coordenada pelo professor Fernando Carneiro [Curso de Saúde Coletiva]. Em 2010 A professora Flávia Mazitelli [Curso de Terapia Ocupacional] se elegeu Coordenadora da Extensão tendo a professora Maria Hosana Conceição [Curso de Farmácia] como sua suplente. Assim, os trabalhos do Professor Carneiro foram levados a cabo com a Coordenação da  Mazitelli que incentivou os coordenadores de projetos a criação de novas propostas de ação de extensão, principalmente, porque estávamos recebendo as salas de aulas e os laboratórios, recém-inaugurados no novo Campus da FCE/UnB. Nos anos seguintes, com a equipe de professores já definida, em cada um dos seis cursos da saúde, a FCE foi ganhando mais e mais propostas de projetos até culminar, em 2012, num total de 27 projetos, distribuídos nos seis cursos da FCE [Enfermagem 2; Farmácia 6; Fisioterapia 6; Fonoaudiologia 1, Terapia Ocupacional 4 e Saúde Coletiva 8]. Nesse ano, as professoras Maria Hosana e Ana Clara Bonini [Curso de Fisioterapia], já atuavam como Coordenadora e Suplente, respectivamente, da Extensão da FCE e asseguravam que todas as propostas de projetos de extensão, bem como as ações de cursos, palestras, fossem, devidamente, formalizadas no Decanato de Extensão [DEX] com o uso da plataforma do Sistema de Extensão [SIEX]. Com a XIII Semana Universitária da UnB, no ano de 2013, o mapa de salas da Unidade Acadêmica [UAC/FCE] foi, majoritariamente, contemplado com as ações de extensão. Podemos ilustrar com os exemplos de ações, tais como, Dançando Frevo, professor Edgar Bione; Harmonização do corpo e da mente, ofertada pela professora Priscila Almeida; Oficina para professores, sobre o cuidado com a voz, coordenado pela professora Aveliny Mantovan, dentre mais de duas dezenas de atividades.

 

A partir de 2017, as professoras Vanessa Resende Nogueira Cruvinel [Curso de Saúde Coletiva] e Ana Bonini assumiram a coordenação de extensão da FCE para abrilhantar, ainda mais, as ações de extensão com o olhar, fortemente, voltado para a comunidade da Ceilândia, com os seus projetos, da Saúde Coletiva,  de apoio às famílias catadoras de resíduos sólidos [o tradicional projeto intitulado “Pare, Pense, Descarte: Educação em Saúde Ambiental em área vulnerável da Estrutural para reduzir a incidência de dengue”] e  da Fisioterapia para os grupos de idosos das unidades de saúde da região. Um marco histórico foi a participação da professora Cruvinel na construção do Regulamento do Colegiado de Extensão da Faculdade de Ceilândia [2017]. As professoras deram continuidade a particularidade dos trabalhos de extensão da FCE, participando, efetivamente, das reuniões da CEX [Câmara de Extensão], contribuindo com o Decanto de Extensão. No ano de 2020, durante a pandemia da Covid-19, as professoras Livia de Sá Barreto [Curso de Farmácia] e  Cristina Lemos Barbosa Fúria [Curso de Fonoaudiologia], assumiram a coordenação e a coordenação adjunta, respectivamente, e deram continuidade aos trabalhos de gestão da extensão da FCE;  mantendo-se atuantes com os trabalhos de leitura e de parecer, em novas propostas de ação de extensão, principalmente, para aquelas voltadas para as demandas de um período em que o mundo sofria para se proteger do coronavírus. A professora Lívia de Sá, com os seus conhecimentos de ciências da saúde e de farmácia, trabalhou, com eficiência e coragem, ensinando os estudantes a prepararem os produtos, tais como, álcool em gel, desinfetantes, que eram disponibilizados às famílias da Ceilândia e região para a proteção contra o coronavírus. Nos anos de 2021 e 2022, a professora Lívia de Sá, foi mais além, coordenou o PEAC intitulado “Colaboração para a vida: capacitação técnica e produção de produtos de higiene no Polo de Extensão do Paranoá; dando oportunidade/motivação para os estudantes do Ensino Médio {EM] da região do Paranoá e do Itapuã para participar da Iniciação Científica do EM.

 

Desde março de 2023, as professoras Cristina Fúria e Emilia Vitória da Silva [Curso de Farmácia] vêm dando as suas contribuições na administração das ações de extensão da FCE. Assim, as professoras utilizam a plataforma do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas [Sigaa] para orientar os coordenadores de ação de extensão a prepararem as suas propostas, obedecendo a Resolução 01/2023, da Câmara de Extensão [CEX]. Atualmente é possível consultar na página web da FCE [Ações de Extensão (PEACS / Cursos / Eventos) (unb.br)] a lista de Projetos e Programas de Extensão de Ação Contínua [PEACs], Cursos e Eventos da Faculdade.

 

Assim, em resposta à pergunta do início desse artigo de opinião, podemos dizer que sim, os nossos trabalhos na extensão da FCE se alinham ao pensamento de extensão do educador Darcy Ribeiro que tratava a extensão universitária com [...] uma visão ampla e comprometida com a transformação social”. Além disso, para Darcy Ribeiro a “Universidade não deveria estar isolada da sociedade, mas deveria estar comprometida ativamente com ela”; através da extensão universitária. Portanto concluímos que os nossos trabalhos na extensão da FCE, nesses 16 anos, têm mirado para o mesmo horizonte de Darcy Ribeiro, ao aplicarmos os conhecimentos, adquiridos na Universidade, nas ações da extensão universitária.

 

 

Referências

 

OpenAI. (2024, abril 20). Darcy Ribeiro fue un destacado antropólogo, educador y político brasileño que contribuyó significativamente al debate sobre la educación en América Latina...[Mensaje de ChatGPT].

 

Steinhorst, C., Carolino, A. C. da Costa, Alves, A. C., Dias, D. J. S., Rocha, F. P., Moura, N. V. S. de Carvalho, & Alexandrino, T. de Souza. (2009). Relatório de Gestão Campus Ceilândia, Ano 1.

 

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