Thiago André, Rosana Tidon, Nilda Diniz e Angele Martins
O ano de 2024 celebra o 165o aniversário de publicação do livro A origem das espécies, de Charles Darwin, lançado em 24 de novembro de 1859. Essa obra marca uma mudança radical na forma como os seres humanos compreendem o mundo vivo, e, consequentemente, a si mesmos. O livro apresenta a teoria da evolução das espécies por seleção natural, que, entre outros temas, argumenta que os organismos vivos são todos aparentados e evoluem, ou seja, mudam ao longo do tempo. A obra é considerada uma das mais influentes da história da Ciência e lançou as bases para o entendimento da evolução biológica. Este ano de 2024 também marcou a fundação da Sociedade Brasileira de Biologia Evolutiva e a realização de seu primeiro encontro, o Congresso Brasileiro de Biologia Evolutiva (CBBE24), em Curitiba (PR), entre os dias 20 e 22 de novembro. Muitos professores, alunos de graduação e pós-graduação, e egressos da UnB estiveram presentes.
A professora Nilda M Diniz, do Laboratório de Biologia Evolutiva, apresentou o projeto Homo Ludens de Educação para o Terceiro Milênio, de jogos RPG e Exposições de réplicas de fósseis, além do pôster de seu aluno PIBIC Pedro Amaral sobre exaptação e a atração em humano. Ela comenta que “particularmente, foi muito emocionante ver nossos ex-alunos bem posicionados profissionalmente em universidades públicas e centros de pesquisa, tais como UnB, UFRN, FFCLRPUSP, UFPR. Outro aspecto muito instigante foi o encontro com pesquisadores da nossa área, bem como de outras, pois o congresso atraiu muitas áreas de conhecimento dentro da Biologia”. Já a professora Angele Martins menciona que “foi extremamente interessante poder participar de um evento multidisciplinar, que reuniu pesquisadores e pesquisadoras renomadas de diversos países discutindo grandes temas relacionados à evolução, incluindo estudos com técnicas mais avançadas e recentes neste tema.”
O I Congresso Brasileiro de Biologia Evolutiva (CBBE24) foi um marco para a disseminação da ciência em tempos de desafios globais. Em um mundo onde o negacionismo científico cresce em diversas áreas, a Biologia Evolutiva desponta como um campo essencial para a promoção do pensamento crítico, do entendimento da natureza da ciência e da valorização da mesma. Este evento também foi fundamental para fomentar a importância do letramento científico, visto que incluiu não apenas projetos e pesquisas voltadas à área acadêmica, mas também de diversas atividades de extensão atualmente realizadas por pesquisadores de instituições de ensino superior do país.
Eventos como o CBBE24 representam uma ação de extrema relevância, alertando e lembrando que o progresso científico e o combate ao negacionismo exigem não apenas dedicação à área acadêmica, mas também a integração da ciência com a cultura e a educação popular para trilhar um futuro consciente e informado.
A professora Angele Martins coordena, juntamente da professora Julia Klaczko, o Laboratório de Anatomia Comparada de Vertebrados, no Departamento de Ciências Fisiológicas, onde, juntamente de discentes de graduação, pós-graduação e colaboradores nacionais e estrangeiros, utiliza dados anatômicos para compreensão da diversidade e evolução de anfíbios e répteis, sobretudo de serpentes.
A professora Rosana Tidon, coordenadora do Laboratório de Biologia Evolutiva, orienta graduandos e pós-graduandos no estudo de padrões e processos evolutivos focando, principalmente, na evolução de espécies invasoras. A professora Nilda Diniz também integra o Laboratório de Biologia Evolutiva e orienta nas áreas de Biologia Evolutiva, Genética, Evolução de drosofilídeos, Bioética e Ensino de Evolução Biológica.
O professor Thiago André coordena o Laboratório de Biologia Evolutiva de Plantas no Departamento de Botânica, onde ele, seus colaboradores e alunos estudam os mecanismos responsáveis pela diversificação de formas e linhagens de plantas com flores, particularmente no grupo do gengibre.
Os professores Fernando P. Rodrigues, Lilian G. Giugliano e Renato Caparroz atuam conjuntamente no Laboratório de Genética e Biodiversidade do Departamento de Genética e Morfologia, onde atuam nos estudos de evolução, epigenética populacional, filogenia e filogeografia de vários grupos de vertebrados.
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