Roberta Cantarela e estudantes do curso LSB – PSL
Hoje, 30 de outubro de 2025, Louise Ribeiro completaria 30 anos de idade. Sua partida precoce, em 10 de março de 2016, vítima de feminicídio, deixou uma dor profunda e uma saudade que jamais se apagará. Nesta data, rendemos nossa homenagem à sua memória, lembrando da jovem cheia de vida, sonhos e amor. Que sua história continue ecoando como um símbolo de resistência e de luta contra toda forma de violência contra a mulher. Lembramos de Louise com muito respeito e sensibilidade, com a certeza de que sua memória continuará viva e forte, assim como um ipê-rosa, o qual foi plantado para poder recordá-la. É preciso respeito e luta por um mundo onde todas as mulheres possam expressar suas vidas com segurança.
Em sua memória, foi criado e desenvolvido o jardim “Louise Ribeiro: respeitando a vida”, localizado no Instituto de Biologia (IB) da Universidade de Brasília. Sendo este o primeiro jardim naturalista de Cerrado do mundo, servindo de inspiração e tornando-se um símbolo de combate à violência contra as mulheres em todo o país, reforçado pelo cartaz com a mensagem: “RESISTIR E JAMAIS ESQUECER”. O jardim busca manter viva sua história, inspirando as gerações que a sucederam e servindo como um lembrete de seus sonhos e objetivos. Louise era uma apaixonada por biologia marinha, e seu projeto de extensão, com visitas guiadas, demonstra que sua vocação acadêmica e seus objetivos ainda se mantêm vivos, servindo como alicerce para todos que se sensibilizam com sua história.
Nós, alunos do curso de Letras Língua de Sinais Brasileira – Português como Segunda Língua, tivemos a honra de visitar o jardim hoje, na inauguração, e o achamos incrível. O fato de ser todo feito com plantas nativas do Cerrado, e em especial a presença do ipê-rosa plantado em homenagem a Louise, torna este espaço de memória ainda mais belo e significativo.
A evolução da mulher na área acadêmica e profissional simboliza uma conquista histórica que rompeu barreiras impostas por uma sociedade patriarcal. Hoje, sua presença nesses espaços representa não apenas a busca por igualdade, mas também a transformação do modo de pensar e produzir conhecimento, trazendo sensibilidade, pluralidade e ética. Apesar dos desafios, a mulher reafirma sua capacidade intelectual e liderança, contribuindo para uma sociedade mais justa e consciente do valor da diversidade.
Essa reflexão nos faz lembrar, com profunda dor e respeito, das mulheres que tiveram seus sonhos delegados a violência. Hoje, prestamos respeito à Louise, que dedicou sua vida ao conhecimento, à esperança e ao desejo de construir um futuro melhor, mas teve seu caminho contornado. Sua ausência é um grito silencioso contra a injustiça e um lembrete de que ainda há muito a ser feito. Que sua memória permaneça viva em cada uma de nós, inspirando coragem, empatia e o compromisso de lutar por um mundo onde nenhuma mulher tenha sua história atravancada."
Sua partida prematura nos causa tristeza e indignação, mas também nos convoca a reafirmar nosso compromisso com o respeito, a empatia e a defesa da vida. Que a memória de Louise permaneça viva e forte como uma árvore plantada em terra regada.
Conheça o Jardim Louise Ribeiro (JLR)
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