Festival Agô e Seminário Fealha


Memorial dos Povos Indígenas 18:00 - 16:00:00 27/07/2023 - 29/07/2023

 

Festival Agô leva música e debate para Memorial dos Povos Indígenas

A presença indígena no Distrito Federal será reverenciada na quarta edição do Festival Agô - Música e Ancestralidade, entre os dias 27 e 29 de julho (quinta a sábado). O evento, neste ano, ocupa o Memorial dos Povos Indígenas juntamente com o Seminário Fealha, realizado em parceria com o Decanato de Extensão da UnB, válido como crédito para os estudantes.

Serão três dias de atividades com shows, oficina, feira e debates promovendo o encontro entre mestres e jovens que têm na música sua conexão com o sagrado. Na programação musical do Agô (“licença”, em Yorubá), na sexta (28), o público poderá conferir shows dos grupos Ponto Br, Ori, com participação da cantora Cris Pereira, Mulheres do Alto Xingu e povo Fulni-ô. Uma noite de cantos indígenas, cocos, cirandas, maracatus, sambas, tambor de Mina, bois, rojões e carimbós.

Nas rodas de debate, o Seminário Fealha (“terra sagrada” no idioma yaathe, do povo Fulni-ô) vai reunir lideranças e pensadores indígenas e não indígenas que se destacam pela luta por território e direitos. A capoeira também se fará presente com uma roda aberta do grupo nZambi e uma oficina com a mestra Elma.

O Festival Agô é uma realização da Onã Produções e tem o apoio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do DF e do próprio memorial. O projeto é realizado com recursos do Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC-DF).

Mais informações: www.instagram.com/agoancestralidade/
Informações e Redes Sociais de Artistas no Agô 2023: https://bit.ly/InfosArtistasAgo
Ingressos para o show Festival Agô (entrada gratuita): https://www.sympla.com.br/evento/ago-musica-e-ancestralidade/2079610
Inscrição para o seminário Fealha: https://bit.ly/inscricaoFealha


Programação geral - Festival Agô + Fealha

Quinta - 27/07
18h15: Cantos com povo Fulni-ô e mulheres do Alto Xingu
18h30: Seminário Fealha: Memórias do Memorial dos Povos Indígenas
19h30: Seminário Fealha: Viver o presente, olhar o futuro

Sexta - 28/07
14h30: Seminário Fealha: Ancestralidade cerratense
16h30: Seminário Fealha: Trajetórias, povos e territórios
19h: Roda aberta de Capoeira Angola com Mestra Elma (MA) e grupo nZambi
20h30: Ori (PE) part. Cris Pereira (DF)
21h30: Cantos das Mulheres do Alto Xingu (MT)
22h: Cafurnas Fulni-ô (PE/DF)
22h30: Ponto BR (MA/PE/SP)

Sábado - 29/07
10h às 12h: Oficina de Capoeira Angola com Mestra Elma (nZambi)
15h às 16h: Seminário Fealha: Histórias e conquistas do Acampamento Terra Livre (ATL)


Mesas e convidados do Seminário Fealha
1. Memórias do Memorial dos Povos Indígenas: Na abertura do seminário abordaremos a história do Memorial dos Povos Indígenas; seu vínculo com a luta pelo reconhecimento da memória e presença indígena no Distrito Federal. A partir de relatos de diferentes pessoas vinculadas à trajetória do MPI queremos abordar a necessidade de fortalecimento das políticas indígenas.
Mediação: João Carlos Albuquerque (UFSC/AYA)

2. Viver o presente, olhar o futuro: Esta mesa será dedicada a jovens e estudantes indígenas e quilombolas que habitam o cerrado para reflexão sobre projetos de futuro para a região. Abordaremos a realidade de quem vive o território do DF e entorno de diferentes maneiras, projetando um horizonte e projeto para a localidade.
Convidados: Fetxawewe Tapuya Guajajara (Santuário dos Pajés/UnB), Manu Tuyuka (Povo Tuyuka), Maria Helena - Tuya Kalunga (Comunidade Tinguizal Território Kalunga - GO)
Mediação: Mônica Nogueira (UnB)

3.  Ancestralidade Cerratense: Queremos aqui discutir e abranger a milenar presença humana na região do cerrado, com enfoque nos povos que habitaram o cerrado de forma permanente nos últimos séculos. Trataremos de uma abordagem diversa e contra-hegemônica desta região, contrária a ideias equivocadas e racistas de estarmos em uma região sem história, cultura nem conhecimentos prévios à construção de Brasília.
Convidados: Francisco Pugliese (Museu de Arqueologia e Etnologia da USP e Departamento de Antropologia da Universidade da Flórida); Thais Lopes Rocha (UnB/SEEDF), Jôkàhkwyj Krahô (Povo Krahô/UFG), Manoel Barbosa Neres (Quilombo Mesquita).
Mediação: Paique Santarém (UnB)

4. Trajetórias, povos e territórios: Desde a construção do Distrito Federal diversos povos somaram-se aos que já viviam aqui. Esta mesa versará sobre as trajetórias de quem migrou ao DF e aqui constituiu territórios sagrados, comunidades e santuários. (Já mandei pra Nara).
Convidados: Santxiê Fulniô Guajajara (Santuário dos Pajés), Cristiane Portela (Projeto Outras Brasílias/UnB), Baba Aurélio Lopes (Ilê Odé Axé Opo Inlé), Ayola, Dudu Mano, Singelo e Babi (Coletivo Mapa das Desigualdades do DF).
Mediação: Raio Gomes

5. História e conquistas do Acampamento Terra Livre (ATL): Prestes a completar 18 anos, o ATL transforma Brasília em indígena uma vez por ano, já sendo considerada a maior assembleia indígena do mundo. A mesa pretende recuperar as histórias do acampamento, seus impactos na cidade e as conquistas obtidas pelo movimento através do evento.
Convidados: Valéria Paiê (Fundo Podaali), Paulino Montejo (Apib), Eunice Kerexu (MPI).
Mediação: Leila Saraiva (UnB)

 

Atenção: Para os estudantes da UnB, o Seminário Fealha é uma atividade de extensão e a participação poderá ser convertida em créditos.

Festival Agô e Seminário Fealha