Nota Técnica 04/2024 MPOX


Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária 00:00 - 00:00:00 30/08/2024 - 30/08/2024

Nota Técnica nº 04/2024/2024/DAC / DASU / COAVS

PROCESSO Nº 23106.060379/2024-18

MPOX

Em 14 de agosto de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou “Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII) para MPOX”, pelo aumento do número de casos da doença. Segundo o Ministério da Saúde, apenas em 2024, foram registrados 709 casos no Brasil.

A doença, anteriormente denominada varíola dos macacos, é uma zoonose causada pelo vírus monkeypox, do gênero Orthopoxvirus. Segundo a OMS, existem duas cepas geneticamente distintas do vírus, sendo a da Bacia do Congo (África Central) e da África Ocidental. A segunda pode causar doenças menos graves, se comparada à primeira.


Embora a nova variante, atualmente, esteja restrita ao território africano, é fundamental manter as ações de prevenção e vigilância e conscientizar os profissionais de saúde e a comunidade para a importância da prevenção para a interrupção da cadeia de transmissão da doença.

TRANSMISSÃO

A transmissão entre humanos ocorre desde o aparecimento dos sinais e sintomas até a erupção de pele ter cicatrizado completamente e se dá, principalmente, por meio de contato pessoal próximo, incluindo: contato direto com lesões de pele, erupções cutâneas, crostas ou fluidos corporais de uma pessoa infectada; contato íntimo ou sexual; contato com objetos e superfícies contaminadas; e contato com secreções respiratórias. Há também a possibilidade de transmissão por contato com animal infectado.

O intervalo de tempo entre o primeiro contato com o vírus até o início dos sinais e sintomas da MPOX (período de incubação) é tipicamente de 6 a 16 dias, mas pode chegar a 21 dias. Após a manifestação de sintomas como erupções na pele, o período em que as crostas desaparecem, a pessoa infectada deixa de transmitir o vírus a outras pessoas.

As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas às vezes, podem aparecer antes disso. Os casos recentemente detectados apresentaram uma preponderância de lesões nas áreas genital e anal e acometimento de mucosas (oral, retal e uretral).

A doença geralmente evolui com sinais e sintomas leves, porém algumas pessoas, especialmente aquelas com imunossupressão, podem desenvolver formas graves.

TRATAMENTO

As referências de internação preferenciais para pacientes suspeitos ou confirmados para MPOX no DF são o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), para pacientes adultos e gestantes; Hospital Materno Infantil de Brasília (HMIB), para pacientes pediátricos e Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), para pacientes imunossuprimidos e pacientes psiquiátricos com comorbidades.

Se você achar que tem sintomas compatíveis de MPOX, procure uma unidade de saúde para avaliação e informe se você teve contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença.

Se possível, isole-se e evite contato próximo com outras pessoas.

Higienize as mãos regularmente e siga as orientações para proteger outras pessoas da infecção, não compartilhe objetos e material de uso pessoal, tais como toalhas, roupas, lençóis, escovas de dente, talheres, até o término do período de transmissão.

PREVENÇÃO

A principal forma de proteção contra a MPOX é a prevenção. Assim, aconselha-se a evitar o contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença. E no caso da necessidade de contato (por exemplo: cuidadores, profissionais da saúde, familiares próximos e parceiros, etc.) utilizar luvas, máscaras, avental e óculos de proteção.

A vacinação prioriza a proteção das pessoas com maior risco de evolução para as formas graves da doença e está disponível para grupos específicos, tais como: pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA), profissionais de laboratório que trabalham diretamente com Orthopoxvírus e pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas para MPOX.

VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Na UnB, a principal estratégia adotada para comunicação e vigilância dos casos na UnB será o e-mail do Núcleo Vigilância em Saúde - nvsaude@unb.br, onde toda a comunidade universitária, assim como os dirigentes dos órgãos da Universidade, poderá relatar casos suspeitos e/ou confirmados de infecção por MPOX. A partir de então, a equipe da CoAVS iniciará o monitoramento e seguimento dos casos.

A comunidade acadêmica também poderá buscar orientação ou esclarecimentos nos Núcleos de Atenção e Vigilância à Saúde (NAVS), localizados no BSA Norte do Campus Darcy Ribeiro, na Faculdade do Gama (FGA) e na Faculdade de Planaltina (FUP). A Faculdade de Ceilândia (FCE) deverá comunicar-se através do e-mail nvsaude@unb.br pois não conta com equipe naquele campus. Enquanto missão, a CoAVS possui o papel de articular o fluxo de comunicação diária dos casos de MPOX na Universidade de Brasília e colaborar com o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (CIEVS/SES/DF).


REFERÊNCIAS

MPOX. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/mpox [Acesso em 22 ago 2024]
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. Nota Técnica Nº 29/2024 - DATHI/SVSA/MS. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-tecnicas/2024/nota-tecnica-no-29-2024-dathi-svsa-ms.pdf [Acesso em 22 ago 2024]
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente. NOTA TÉCNICA Nº 13/2023 - CGICI/DIMU/SVSA/MS. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/notas-tecnicas/2023/nota-tecnica-no-13-2023-cgici-dimu-svsa-ms [Acesso em 22 ago 2024]
BRASIL. Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Vacina nacional contra a Mpox é prioridade da Rede Vírus. Disponível em: https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/noticias/2024/08/vacina-nacional-contra-a-mpox-e-prioridade-da-rede-virus [Acesso em 22 ago 2024]
OPAS. Diretor-Geral da OMS declara surto de MPOX como uma emergência de saúde pública de importância internacional. DISPONÍVEL EM: https://www.paho.org/pt/noticias/14-8-2024-diretor-geral-da-oms-declara-surto-mpox-como-uma-emergencia-saude-publica [Acesso em 22 ago 2024]


Carla Pintas Marques

Coordenadora da Coordenação de Atenção e Vigilância em Saúde - DAC/DASU/COAVS
Diretoria de Atenção à Saúde da Comunidade Universitária - DASU

Decanato de Assuntos Comunitários - DAC