Dasu/DAC dá orientações para lidar com fumaça de incêndio


Brasília 00:00 - 00:00:00 16/09/2024 - 22/09/2024

Boletim Informativo de Saúde Nº 5/2024
DAC/DASU/CoAVS
Situações de extrema fumaça e neblina no Distrito Federal
Elaborado por: Carla Pintas

A Organização Mundial de Saúde (OMS) considera a poluição do ar como um dos
principais riscos ambientais de morbimortalidade. Também reconhece que a poluição do ar é um fator de risco crítico para doenças crônicas não transmissíveis (DCNT)1.

No Brasil, as queimadas e os incêndios florestais são importantes fontes de poluição
atmosférica e contribuem para a emissão de poluentes atmosféricos, resultando na exposição humana com efeitos diretos e indiretos na saúde, meio ambiente e oferta de serviços de saúde.

A queima de biomassa (queima da floresta e áreas de pastagens) resulta na emissão de
poluentes atmosféricos, tanto na forma de partículas quanto de gases. Tanto o material particulado quanto os gases, como o monóxido de carbono, são nocivos à saúde humana. Esses poluentes se dispersam na atmosfera dependendo da direção dos ventos, da temperatura
gerada pelo foco de queimada e outros fatores. As populações residentes próximas aos focos de queima são as mais afetadas por essa exposição, mas a poluição também se desloca e pode atingir populações distantes, especialmente devido às partículas mais finas que viajam longas distâncias.

O incêndio florestal que atingiu neste dia 15/09 a região do Parque Nacional de Brasília,
conhecido também como Parque da Água Mineral, tem corroborado para a formação de névoa seca, somado às altas temperaturas e umidade do ar baixa piorando a qualidade do ar.

Para tanto, a Coordenação de Atenção e Vigilância em Saúde (CoAVS) da Diretoria de Atenção à
Saúde da Comunidade Acadêmica (DASU) do Decanato de Assuntos Comunitários (DAC)
preocupada com o impacto climático nos campi da Universidade de Brasília, orienta a comunidade acadêmica sobre como se proteger, evitando, dentro do possível, a exposição aos poluentes.

Recomendações gerais para a comunidade acadêmica:

a. Aumentar a ingestão de água e líquidos ajuda a manter as membranas respiratórias
úmidas e, assim, mais protegidas;

b. Reduzir ao máximo o tempo de exposição em ambiente aberto, recomendando-se
permanecer em locais ventilados, com ar-condicionado ou purificadores de ar;

c. No ambiente de trabalho, manter as portas e as janelas fechadas durante os horários
com elevadas concentrações de partículas, para reduzir a penetração da poluição externa;

d. Planejar as atividades diárias com base nas informações oficiais sobre os horários de
maior ocorrência de fumaça no intuito de minimizar a exposição;

e. Evitar atividades e exercícios ao ar livre quando a qualidade do ar estiver prejudicada pela
fumaça;

f. Utilizar, preferencialmente, máscaras do tipo N95, PFF2 ou P100, que podem reduzir a
inalação de partículas quando utilizadas corretamente por pessoas que precisem sair para ambientes externos.

g. Permanecer em locais fechados e protegidos da fumaça, é a recomendação prioritária.

h. Em caso de sintomas de náuseas, vômitos, falta de ar, tontura, confusão mental e dores
intensas de cabeça, peito ou abdômen, é recomendado a busca por atendimento médico.

Recomendamos ainda que crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes
devem redobrar a atenção para as recomendações descritas acima. Além disso, devem estar atentas a sintomas respiratórios ou outras ocorrências de saúde e buscar atendimento médico assim que possível.

Um alerta para pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, imunológicos, entre outros:

a. Buscar atendimento médico para atualizar seu plano de tratamento;

b. Manter medicamentos e itens prescritos pelo profissional médico disponíveis para o
caso de crises agudas;

c. Buscar atendimento médico na ocorrência de sintomas de crises;

d. Avaliar a necessidade e segurança de sair temporariamente da área impactada pela
sazonalidade das queimadas.

O DAC/DASU, através da CoAVS, coloca-se a disposição da comunidade acadêmica para
maiores orientações através do e-mail: coavs@unb.br, assim como para atendimentos nos Núcleos de Atenção e Vigilância em Saúde (NAVS) localizados nos Campus Darcy Ribeiro (BSA Norte), FUP e FGA.

 

 

Referências:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Saúde Ambiental, do Trabalhador e Vigilância das Emergências em Saúde Pública Queimadas e incêndios florestais: alerta de risco sanitário e recomendações para a população [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Saúde Ambiental, do Trabalhador e Vigilância das Emergências em Saúde Pública. – Brasília: Ministério da Saúde, 2020.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Saúde
Ambiental, do Trabalhador e Vigilância das Emergências em Saúde Pública. Queimadas e incêndios florestais: atuação da vigilância em saúde ambiental / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Saúde Ambiental, do Trabalhador e Vigilância das Emergências em Saúde Pública. – Brasília: Ministério da Saúde, 2021.

Brasil. Ministério da Saúde. Informe: Monitoramento de queimadas para vigilância em saúde.

Período de Monitoramento: Semana Epidemiológica 36. Conclusão do Informe: 10/09/2024.
Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/composicao/svsa/saudeambiental/vigiar/informes-queimadas/informe-queimadas-se-no-36.pdf

WHO global air quality guidelines. Particulate matter (PM2.5 and PM10), ozone, nitrogen
dioxide, sulfur dioxide and carbon monoxide. Geneva: World Health Organization; 2021.
Licence: CC BYNCSA 3.0 IGO