INGRESSO

Média geral de candidatos por vaga é maior nas cotas para estudantes não declarados pretos, pardos ou indígenas abaixo de 1,5 salário mínimo per capita que no sistema de cota em que o candidato declara

Foto: Júlio Minasi/Secom UnB

 

Cristhian Kimuchi, calouro de Ciências da Computação, ingressou na UnB pelo Programa de Avaliação Seriada (PAS), por meio do sistema de cota para estudante de escola pública que não se declara preto, pardo ou indígena (não PPI) e com renda abaixo de 1,5 salário mínimo por pessoa da família.

 

O universitário conta que não fez nenhum cursinho pré-vestibular. "Estudei de duas a três horas por dia revisando a matéria do colégio". O pai, Hitoshi Matsuzaki, corrige "ele estudava menos, ficava no computador. Ameacei tirar o computador e não deu certo. Então combinamos que se ele não passasse agora, ficaria sem computador e videogame. Estou muito feliz por ele ter conseguido".

 

Os cursos mais concorridos, por campus, nessa mesma forma de ingresso na qual Cristhian concorreu, foram Fonoaudiologia, em Ceilândia; Medicina no Darcy Ribeiro; Engenharia, que é o único curso ofertado no campus do Gama; e licenciatura em Ciências Naturais, em Planaltina.

 

Os mais concorridos do PAS no campus Darcy Ribeiro foram Medicina, Direito e Psicologia. Todos são cursos diurnos. O curso noturno mais concorrido foi Direito.

 

Já pelo Sisu, as graduações mais concorridas, por campus, na cota para estudantes de escolas públicas que se não se declaram pretos, pardos ou indígenas e cuja renda familiar bruta seja menor ou igual a 1,5 salário mínimo per capita, foram Gestão de Saúde em Ceilândia; Nutrição, no Darcy Ribeiro; Engenharia, no Gama; e Gestão do Agronegócio em Planaltina.

 

Entre os dez cursos mais concorridos do Sisu, apenas um não é do campus Darcy Ribeiro: Fisioterapia, em Ceilândia, com 91,96 candidatos por vaga.

 

Lucas Sander, calouro de Comunicação Organizacional, escolheu concorrer pela cota de estudante de escola pública que se declara preto, pardo ou indígena (PPI) e com renda familiar bruta abaixo de 1,5 salário mínimo. Ele conta que, ao pensar na forma de ingresso, decidiu escolher esse sistema porque, pela cota que leva em conta somente a autodeclaração de raça, ele teria que competir com estudantes negros que frequentaram colégios privados. "Na cota racial e social, eu tinha mais chances de ser aprovado por concorrer com pessoas que tiveram uma educação parecida com a minha", pondera.

Lucas Sander conquistou uma vaga no curso de Comunicação Organizacional. Foto: Luis Gustavo Prado/Secom UnB

 

O estudante ressalta que a opção pela cota social e racial é um direito e acrescenta que o Enem não é mais fácil para quem escolhe essa modalidade. "Eu concorri a três vagas com o Brasil inteiro", explica.

 

No Sisu, sistema pelo qual Lucas ingressou, os cursos mais concorridos, por campus, na cota para estudantes de escolas públicas que se declaram PPI e cuja renda familiar bruta é menor ou igual a 1,5 salário mínimo per capita, foram Fisioterapia, em Ceilândia; Nutrição, no Darcy Ribeiro;  Engenharia, no Gama; e Gestão Ambiental, em Planaltina.

Já no PAS, os cursos mais concorridos, por campus, na cota para estudantes PPI e cuja renda familiar bruta é menor ou igual a 1,5 salário mínimo per capita, foram Fonoaudiologia, em Ceilândia; Psicologia, no Darcy Ribeiro; Engenharia, no Gama; e licenciatura em Ciências Naturais, em Planaltina.

Arte: Anna Soares/Secom UnB

 

Arte: Anna Soares/Secom UnB
Arte: Anna Soares/Secom UnB
Arte: Anna Soares/Secom UnB

 

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