O curso de Engenharia Ambiental da Universidade de Brasília (UnB), criado em 2010, recebeu, neste mês de julho, nota máxima – numa escala que vai de 1 a 5 – de consultores do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao Ministério da Educação (MEC). O exame é realizado com o intuito de reconhecer e credenciar os cursos de graduação do país.
A avaliação considerou aspectos da organização didático-pedagógica, corpo docente e tutorial, e infraestrutura, analisando itens como Plano de Desenvolvimento Institucional, Projeto Pedagógico do Curso e Diretrizes Curriculares Nacionais.
“Em uma análise global e sistêmica, a estrutura curricular do curso e seus conteúdos são relevantes e atualizados na área ambiental e do saneamento, contemplando de maneira excelente nos aspectos de flexibilidade e interdisciplinaridade”, destaca o relatório do Inep.
O documento ressalta ainda a qualidade do corpo docente de Engenharia Ambiental da UnB, hoje composto por 22 professores. “100% deles são doutores, todos com dedicação exclusiva. A equipe, de forma geral, demonstra alta motivação com o curso e grande comprometimento com a Instituição.”
Outro destaque do relatório é quanto à carga horária do curso, dos estágios e das atividades complementares, que suplanta as exigências do Conselho Nacional de Educação. A carga horária mínima de um curso de bacharelado em Engenharia deve ser de 3.600 horas, o prazo mínimo para integralização deve ser de cinco anos, com pelo menos 200 dias letivos por ano. Estágios e atividades complementares não deverão exceder 20% da carga total do curso.
“Desta forma, o curso de Engenharia Ambiental da UnB atende ao estabelecido, pois está programado para mais de 200 dias de atividades por ano, com a carga horária de 3.900 horas e prazo mínimo para integralização de cinco anos e máximo de nove anos. Além disso, as atividades de estágios e atividades complementares somam 160 horas, correspondendo a 8% da carga horária total”, constatam os avaliadores.
Para a coordenadora do curso de Engenharia Ambiental, Cristina Brandão, o resultado superou o esperado. “Tínhamos certeza de que seríamos bem avaliados. Na verdade, tínhamos certeza da nota 4, e expectativa quanto à nota 5”, comemora. “É importante destacar também o comprometimento dos nossos alunos, que se empenharam muito e participaram de reuniões com os avaliadores do MEC, junto com docentes e servidores.”
A professora acredita que a nota máxima conquistada terá impacto positivo fora da Universidade. “Geralmente, um curso novo gera dúvidas por ser desconhecido. Essa avaliação deve estimular estudantes a buscarem esse curso.”
A avaliação in loco do Ato Regulatório de Autorização do Curso de Engenharia Ambiental foi realizada com visitas entre 28 de maio e 1º de julho.